Desafios do Arroz

Situação das lavouras de arroz irrigado segue exigindo atenção

Apesar do registro de chuvas na última semana, a situação das lavouras de arroz irrigado segue exigindo atenção, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Em alguns municípios as chuvas ocorreram em volumes significativos, no entanto, elas ainda foram irregulares e desuniformes. Com isso, a maioria das regiões segue com reservatórios e mananciais em níveis de alerta. As altas temperaturas também causam prejuízos e preocupação.

Do total, 46% das lavouras estão em estádio fenológico reprodutivo, a fase mais crítica quanto ao déficit hídrico. A maioria, 51%, estão no estádio fenológico vegetativo. “Com o ingresso da umidade e a permanência das altas temperaturas, o produtor deve ficar em alerta ao controle de doenças e controle de insetos”, alerta o 4º boletim sobre estiagem no RS.

Regiões

Na região Central, já há registros de início de colheita em Cachoeira do Sul. De forma geral, as chuvas foram desuniformes. Algumas localidades chegaram a registrar mais de 100 mm, enquanto em outras os volumes foram inferiores aos 20mm. “A situação dos mananciais na região é de alerta, com grande parte das lavouras com disponibilidade de água restrita para a finalização da irrigação e do ciclo da cultura”, destaca o boletim. Além disso, há diversos casos de danos em panículas pelo excesso de calor, o que causa a redução da produtividade.

Os níveis das barragens e dos rios também estão muito baixos na Fronteira Oeste, onde ainda há perdas por evaporação devido às altas temperaturas e à baixa umidade do ar. “A maioria dos produtores está com dificuldade de manter a irrigação em área total, optando por deixar talhões sem irrigação, ocasionando graves perdas nessas áreas”, aponta o IRGA. Na região, é estimado que 7% das áreas estejam sem irrigação e 25% comprometidas por irrigação irregular por “banho”.

A Campanha também está com os reservatórios em níveis críticos. Não há registro de lavouras perdidas, mas a irrigação intermitente é realizada em número expressivo. A estimativa é de que 10% das lavouras apresentam algum tipo de dificuldade na irrigação.

A Lagoa dos Patos, na Zona Sul, segue salinizada, mas os afluentes voltaram a ter água doce. Já na Planície Costeira Externa, a salinidade segue afetando a irrigação. A região também registra lavouras com danos na panícula pelo excesso de calor e os mananciais seguem em nível de alerta. As chuvas também não foram suficientes para repor os mananciais na Planície Costeira Interna.

Com informações do IRGA