Após mais um breve período de tempo seco, a chuva retorna nesta terça-feira (21) para o Rio Grande do Sul, começando pela região da Campanha e Fronteira Oeste. Essa frente fria segue causando chuva intensa na metade sul do estado na quarta-feira (22). Ela avança para todo o estado na quinta-feira (23), com chuva forte na fronteira oeste, na campanha, Zona Sul e áreas mais centrais do Estado, com volumes que podem passar dos 100 milímetros.
A frente fria começa a se afastar na sexta-feira (24), quando o tempo começa a melhorar nas áreas de fronteira com Uruguai. Entretanto, a chuva segue forte no Norte, Nordeste e Litoral Norte do Rio Grande do Sul, com volumes podendo chegar aos 50 milímetros.
O tempo seco predomina em todo o estado apenas no final de semana, quando o frio toma conta com temperaturas muito baixas. Também há probabilidade de geada em pontos do estado. “Para a formação da geada, tem que ter alguns ingredientes, que seria céu limpo, baixas temperaturas e ausência de ventos. Se a gente tiver essas variáveis, com um ar frio chegando, provavelmente a gente tenha a formação de geada em alguns pontos”, explica a meteorologista do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Jossana Cera.
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Na segunda-feira (27), há previsão de chuva na maior parte das regiões do Estado. A partir da terça-feira (31), é esperado o predomínio do tempo seco em todas as regiões do Rio Grande do Sul. Apesar da possibilidade da chuva retornar entre 02 e 04 junho, são esperados volumes menores de precipitação.
Ventos
A chegada da frente fria entre hoje e amanhã pode auxiliar no escoamento da água do Guaíba. “Só que com a passagem da frente fria, os ventos mudam e, geralmente, passam a soprar ventos do quadrante sul, que não seriam tão interessantes”, alerta Jossana.
El Niño
O fenômeno El Niño está se despedindo, mas segue influenciando o clima. Apesar de indicadores já apontarem para a neutralidade, ainda é incerto o final oficial do fenômeno. “A gente está passando por essa transição agora, durante o mês de maio”, explica a meteorologista.
A neutralidade e o estabelecimento do La Niña devem demorar mais do que o esperado. “Acredito que a partir do mês de junho a gente começa a observar uma normalização”, avalia Jossana. Com isso, deve diminuir a frequência e os volumes de chuvas, mas o fenômeno La Niña só deve se estabelecer a partir de julho. “Pode ser que a gente não tenha um início de primavera tão seco como nos anos anteriores, em que a gente tinha a La Niña já bem estabelecida”, afirma a meteorologista.
