El Niño

MetSul: El Niño chega ao fim com mudanças nas condições oceânicas

Confirmação oficial do encerramento do fenômeno é esperada para os próximos dias

Foto em sobrevoo sobre áreas alagadas em Canoas-RS.
Fenômeno foi marcado por chuva acima a muitíssimo acima da média no RS | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O fenômeno El Niño está tecnicamente encerrado, de acordo com avaliação divulgada hoje (14) pela MetSul. A expectativa é de que a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) oficialize o fim do evento nos próximos dias. O El Niño está atuando desde junho do ano passado e é apontado como principal causa dos altos volumes de chuva nos últimos meses no Rio Grande do Sul. Apesar da alteração nas condições oceânicas, as mudanças na atmosfera ainda devem levar algum tempo.

“O El Niño trouxe meses de chuva acima a muitíssimo acima da média no Rio Grande do Sul com grandes enchentes em setembro, novembro e agora em maio. Historicamente, o fenômeno costuma causar chuva extrema e inundações no território gaúcho nos meses de primavera do ano do seu início e no outono do ano seguinte”, afirma a MetSul.

De acordo com o último boletim semanal da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos Estados Unidos, a anomalia de temperatura da superfície do mar está na faixa de neutralidade.

La Niña

O La Niña deve ser declarado durante o inverno, possivelmente entre os meses de julho e agosto. O fenômeno La Niña é caracterizado por temperaturas abaixo do normal na superfície do Oceano Pacífico equatorial central e oriental. A última vez em que a La Niña esteve presente foi entre 2020 e 2023, provocando sucessivas estiagens no Sul do Brasil.

“Os efeitos do La Niña variam de acordo com a região. O Sul do país geralmente experimenta menos chuva enquanto o Norte e o Nordeste registram um aumento das precipitações. Cresce o risco de estiagem no Sul do Brasil e no Mato Grosso do Sul, embora mesmo com a La Niña possam ocorrer eventos de chuva excessiva a extrema com enchentes e inundações”, alerta a MetSul.

Além disso, no Sul do Brasil, o fenômeno favorece maior ingresso de massas de ar frio, mas aumenta a probabilidade de ondas de calor e marcas extremas de temperatura alta nos meses de verão.

Com informações da MetSul