Tecnologia

Número de cooperados da Crediseara cresce 43% após investimento em tecnologia

A cooperativa registrou aumento de 57% no lucro líquido em apenas três anos

O investimento em tecnologia foi o ponto de partida para a expansão da Crediseara, cooperativa de crédito rural de Santa Catarina. A instituição registrou aumento de 43% no número de associados desde 2018. À época, eram 3.894 cooperados e hoje são 5.582 agricultores, empresários, assalariados e aposentados. O crescimento impactou também nos valores administrados. Em 2018, a Crediseara fechou o ano com R$ 96.137.700,82 em ativos, que passou para R$ 133.575.261,81 em 2020, um aumento de 38% em apenas três anos. O impacto nas sobras, valores líquidos divididos com os associados em forma de cota capital, foi ainda maior. O ano de 2020 fechou com R$ 2.505.035,49, 57% a mais que os R$ 1.593.457,86 de 2018.

Fundada em 1994, a Crediseara atua no desenvolvimento da agricultura familiar, fornecendo crédito, novas fontes de renda e assessoria técnica para a região Oeste de Santa Catarina. A Cooperativa nasceu ligada ao sistema Cocecrer, passou a fazer parte de um sistema solidário em 1999 e desde 2017, atua de forma independente. Foi nesse período, depois da desfiliação, que a Crediseara precisou investir em um sistema operacional.

A cooperativa passou a trabalhar com a CashWay, techfin de Florianópolis/SC, especialista em sistemas financeiros para cooperativas de crédito, financeiras e fintechs. Segundo o diretor administrativo da Crediseara, Ademilso Auziliero, a expansão da cooperativa até o ano de 2017 era muito contida. Para ele, atualmente, é difícil atingir uma escala de negócios sem tecnologia. “A CashWay nos possibilitou essa expansão por ser um sistema de fácil adaptação e entregar o que propõe: agilidade no operacional e na parte de front. O associado vem na cooperativa quando precisa de atendimento e tem um sistema que traz facilidade para as operações, como análise de crédito, por exemplo”.

Modernização

As mudanças no sistema financeiro, como o Pix e o open banking, por exemplo, devem marcar um avanço nas cooperativas de crédito, movimento que já vem acontecendo. Uma pesquisa divulgada em maio pelo Banco Central mostrou o crescimento do cooperativismo de crédito no país e como essas instituições têm respondido às crises de forma diferente dos bancos tradicionais.

No Brasil, em 2020, as pequenas empresas que buscaram crédito nos sistemas cooperativos tiveram taxas de sucesso maiores do que no setor bancário. De 2016 a 2020, a carteira de crédito do setor pulou de 2,74% do total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) para 5,1%, passando de R$ 95 bilhões para R$ 228,7 bilhões. O número de associados também aumentou, chegando a 11,9 milhões em dezembro de 2020. Mesmo com a pandemia, houve crescimento de 9,4% em relação a 2019, e de 42,1% em relação a 2016.

Para Auziliero, um dos maiores desafios que vem a partir de todas essas mudanças é crescer sem perder a essência do cooperativismo. “É importante investir em tecnologia para não ficar para trás. A organização cooperativa facilita muito a vida das pessoas com proximidade e agilidade no atendimento, valorizando e se interessando verdadeiramente. O cooperado não é apenas um CPF. Vemos ele como um ser humano. E isso faz toda a diferença. As gerações que vão vir já têm um outro perfil e a gente precisa ir se adaptando. Investir em tecnologia sem perder a essência da humanização”.

Fonte: Divulgação