Mercado verde e o agro é destaque na Colheita do Arroz e Grãos

Os palestrantes falaram sobre o crédito, mercado no agronegócio, novidades e atualizações sobre o carbono no Brasil

Feira colheita do arroz e grãos
Foto: Jeferson Matielo

O segundo dia da Abertura da Colheita do Arroz e Grãos, iniciou nesta quinta-feira, 22, com a abertura do seminário Mercado Verde e o Agro. Participaram do evento o diretor e vice-presidente da Farsul, Domingos Velho Lopes; diretora executiva do Canal Agromais, Samanta Pineda, com o tema “Carbono e Agro”; professor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Roberto Sanquetta, com o tema “O que há de novo no mercado de crédito de carbono”; gerente de Desenvolvimento de Negócios da MyCarbon (Subsidiária da Minerva Foods); e Guilherme Moraes Ferraudo, com o tema “Oportunidades do Mercado de Crédito de Carbono no Agronegócio”.

Carbono e Agro

Alguns assuntos comentados por Samanta foi a interseção entre questões econômicas e ambientais, destacando o papel global na redução das emissões de gases de efeito estufa. Ainda, falou sobre a evolução das políticas ambientais desde encontros internacionais na década de 70 até o Acordo de Paris em 2004, além dos desafios, como a participação de países desenvolvidos e em desenvolvimento e da complexidade na distribuição dos ônus ambientais.

O que há de novo no mercado de crédito de carbono

O professor da Universidade Federal do Paraná, Roberto Sanquetta, trouxe desde o que é um projeto de carbono, apresentando check-list e citando exemplos que os produtores possam conhecer para fazerem o seu crédito. Confira abaixo.

Oportunidades do Mercado de Crédito de Carbono no Agronegócio

Em sua fala, Guilherme Ferraudo também apontou dados sobre o mercado de carbono global, e trouxe dados de 2021, onde as emissões de gases de efeito estufa no Brasil foram significativas, com 23% provenientes do mercado regulado de crédito de carbono, abrangendo 73 jurisdições. Deste total, 18% são atribuídos ao ETSA (Emissões por Tonelada de Serviço Adquirido) e 5% relacionados a Taxas.

De acordo com Ferraudo, no cenário empresarial, as emissões foram categorizadas em duas frentes principais: aquelas lançadas diretamente na atmosfera como resultado das operações da empresa e as provenientes da aquisição de energia elétrica para consumo interno. É crucial destacar que no setor agrícola, as emissões de escopo 3 assumiram uma proporção significativa, representando 90% ou mais do total. Este dado ressalta a necessidade de abordagens sustentáveis e medidas específicas para reduzir as emissões no âmbito do agronegócio.