Ovos

Soja, milho e ovos apresentam queda de preços no início de 2024

Em declínio neste início de 2024, os valores da soja retrocederam aos níveis observados em 2020. Conforme destacado por especialistas do Cepea, essa situação está associada à desvalorização no mercado externo, à diminuição nos prêmios de exportação da oleaginosa no Brasil e à redução da demanda internacional, principalmente da China. Além disso, a pressão advém de projeções que apontam para um aumento na produção da América do Sul na safra 2023/24, contrariando as expectativas de muitos agentes, que previam uma considerável diminuição na oferta, devido aos impactos do clima desfavorável nas plantações brasileiras.

Os preços dos ovos estão em queda também , atingindo os níveis mais baixos desde janeiro de 2022. Segundo os pesquisadores do Cepea, essa tendência de baixa é resultado do aumento na oferta do produto no mercado doméstico e da desaceleração das vendas. Quanto às exportações, os embarques brasileiros de ovos (incluindo produtos in natura e processados) alcançaram 25,4 mil toneladas no ano passado, uma quantidade quase três vezes maior que o total exportado em 2022 e a mais alta em 11 anos, conforme dados da Secex. Esse aumento nas vendas para o exterior é principalmente reflexo dos casos de Influenza Aviária que afetaram plantéis comerciais em diversos países, direcionando parte da demanda internacional para o Brasil.

Sob a pressão do avanço da colheita da safra de verão e, principalmente, devido à menor demanda, os valores do milho registraram queda nos últimos dias. Além disso, a desvalorização no mercado externo reduziu a paridade de exportação, intensificando a diminuição dos preços domésticos. De acordo com os pesquisadores do Cepea, os compradores esperam que a entrada da safra de verão limite novas altas, enquanto muitos vendedores acreditam em uma recuperação nos próximos meses. Na verdade, os contratos negociados na B3 indicam valores médios próximos de R$ 70 por saca de 60 kg para o segundo semestre. É importante ressaltar que a produção brasileira deve ser menor nesta temporada, devido às adversidades climáticas enfrentadas durante a safra de verão e à perspectiva de redução na área plantada em 2023/24. No entanto, houve o retorno das chuvas em parte das regiões, gerando expectativas de uma certa recuperação nas condições das plantações.