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Yara International condena guerra na Ucrânia e expressa preocupação com cenário internacional

Um míssil atingiu a Yara International, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, que teve seu escritório destruído em Kiev, na Ucrânia.

O presidente e CEO da fabricante norueguesa de fertilizantes Yara International, Svein Tore Holsether, publicou nesta terça-feira (01) uma nota condenando a invasão militar russa na Ucrânia e expressando preocupação em relação ao abastecimento mundial de alimentos. A empresa também se diz diretamente afetada pela guerra. Conforme a nota, um míssil se chocou contra um prédio de escritórios da Yara em Kiev, capital da Ucrânia. Nenhum funcionário foi ferido fisicamente.

A importância dos países em conflito para o agronegócio mundial é destacada pelo comunicado, que lembra que a Ucrânia é o segundo maior país do mundo em produção de grãos, além da importância da Rússia no mercado de fertilizantes.

“A Yara é uma fornecedora de soluções para o setor agrícola na Ucrânia e uma grande compradora de matérias-primas da Rússia. Sempre cumprimos os regulamentos atuais, sanções e nossas próprias diretrizes. A circulação livre de mercadorias através das fronteiras foi possível em um momento de maior estabilidade geopolítica. Agora, com as condições geopolíticas desequilibradas, as maiores fontes de matéria-prima para a produção de alimentos da Europa estão sujeitas a limitações e não há alternativas de curto prazo. Uma consequência potencial é que apenas a parte mais privilegiada da população mundial tenha acesso a alimentos suficientes”, alerta o CEO.

O comunicado apela para que a comunidade internacional trabalhe para garantir a segurança alimentar e reduza a dependência da Rússia, mesmo que as alternativas sejam consideradas limitadas. “Isso constitui um dilema difícil entre continuar abastecendo-se da Rússia a curto prazo ou cortar a Rússia das cadeias alimentares internacionais. A última opção pode ter consequências sociais consideráveis. Essas considerações não devem ser feitas por empresas individuais, mas precisam ser feitas por autoridades nacionais e internacionais”, destaca o documento.