O Paraná deve encerrar a safra de trigo 2024 com resultados abaixo do esperado pelo setor produtivo. O estado estimava colher 3,8 milhões de toneladas, mas a estiagem e as geadas já reduziram essa projeção para 2,58 milhões de toneladas, quebra de 32%, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral). Com a colheita passando de 70% dos mais de 1,15 milhão de hectares cultivados, cada região do Paraná apresenta cenários distintos na produção, alguns até mais otimistas.
Essas diferenças estão diretamente relacionadas às diferentes épocas de plantio de cada região. “Isso fez com que elas [lavouras] ficassem expostas a diferentes tipos de condições climáticas. Quem plantou muito cedo, acabou pegando uma geada numa época um pouco mais sensível da cultura do trigo. E agora, com o avanço da colheita, a gente tem sentido muito forte que as produtividades não estão sendo as que o produtor esperava”, explica Yurik Bergamini, gerente de marketing da Lavoro.
Já nas regiões de Guarapuava e Ponta Grossa, a situação do trigo é considerada melhor e ainda há a expectativa de boas produtividades e de qualidade. “Esse plantio, tanto de trigo como cevada, foi um pouco mais tardio, entre meados de junho e início de julho, e é o que colaborou nas geadas que nós tivemos esse ano, pois o trigo acabou se sobressaindo, não teve danos”, avalia Luiz Fernando Silva, gerente de filial da Lavoro.
O resultado agora depende das condições climáticas até o final da colheita, que deve ocorrer entre o final de outubro e início de novembro.