A estimativa de perdas no trigo paranaense aumentou de 32% para 38% em outubro, conforme a colheita avança para a reta final. A projeção inicial previa um potencial de produção de 3,7 milhões de toneladas. Com a estiagem e geadas, o estado deve colher apenas 2,3 milhões de toneladas, redução de 36% em relação ao ano passado, quando foram colhidas 3,6 milhões de toneladas.
Os dados foram atualizados pela Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
“A cultura foi impactada por geadas, mas principalmente pela seca”, disse o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista das culturas de inverno no Deral. Segundo ele, a geada foi mais decisiva no rebaixamento da qualidade do produto, sobretudo na região Sul do Estado.
Até 21 de outubro, foram colhidos 87% dos mais de 1,1 milhão de hectares cultivados no Paraná, área 18% menor do que os 1,392 milhão de hectares da safra 22/23. As lavouras remanescentes estão concentradas principalmente nas regiões mais ao sul do Estado. “Os relatos são de que essas áreas tardias, caso não recebam chuvas por muitos dias, tendam a ter boa produtividade”, salientou Godinho.
Cevada
A cevada continua com expectativa de produtividade melhor do que a obtida no ano passado. Se confirmar, podem ser colhidas 286 mil toneladas, 8% a mais que as 265 mil toneladas do ciclo anterior. No entanto, ficará 15% aquém da projeção inicial de 354 mil toneladas. Por enquanto foram colhidos 45% da área de 77,8 mil hectares.
Com informações da Seab