Agronegócio

Pouca chuva e tempo seco sobre o Sul do Brasil

Toda a metade norte e noroeste do RS, no oeste de SC, oeste do PR, sul do MS e Paraguai sem nada de chuvas.

Algumas áreas de instabilidade foram observadas sobre o Sul do Brasil nesta segunda-feira (17), devido a uma frente fria sobre o sul do Uruguai e norte da Argentina. Este sistema deve ganhar mais intensidade hoje (18) “e trazer chuvas irregulares sobre boa parte da metade sul e leste do Rio Grande do Sul, sobre as faixas leste de Santa Catarina e Paraná”, informa o agrometereologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos.

Já nas outras regiões o tempo deve continuar seco e sem chuvas. “Todo o interior do Rio Grande do Sul, ou seja, toda a metade norte e noroeste do Estado, no oeste de Santa Catarina, oeste do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e Paraguai sem nada de chuvas”, explica.

Sul: modelos climáticos

Essas áreas de instabilidades ganham um pouco mais de abrangência na quarta-feira (19). “Chuvas na metade sul do e leste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina, leste do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e Paraguai. Dificilmente, venham a ocorrer chuvas generalizadas ao longo dessa semana, apesar do que os modelos vêm indicando”, ressalta o agrometereologista.

O quadro climático se mantém na próxima semana. “Os modelos até sinalizam chuvas, porém ainda de forma irregular; portanto as previsões indicam um mês de janeiro ligeiramente melhor; porém ainda com chuvas muito irregulares na região Sul, sul do Mato Grosso do Sul e Paraguai”, frisa.

Apesar dos modelos climáticos indicarem chuvas generalizadas, geralmente ocorrem apenas chuvas irregulares. “Os modelos continuam sinalizando chuvas melhores para essas regiões na virada de janeiro para fevereiro. No entanto, o que vem acontecendo é que os modelos com sete dias de antecedência mostram chuvas realmente boas para o sul do Brasil e para o Paraguai; no entanto, quando chega a semana de chuvas, os modelos jogam essas previsões para a semana seguinte”, alerta Santos.

Oceano Atlântico

Para que as precipitações ocorram em maiores volumes, é preciso que o Oceano Atlântico aqueça. “Em nossos reportes, desde novembro, falamos que que as condições do Sul do Brasil poderiam melhorar substancialmente durante o verão; no entanto, isso iria depender exclusivamente de como se comportaria as águas do Oceano Atlântico; se ele aquecesse teríamos chuvas, se não continuaríamos com a condição de chuvas bastante irregulares; que é exatamente o que está acontecendo”, explica.

“O Oceano Atlântico não está dando caras de forte aquecimento para as próximas semanas; até aqueceu um pouquinho da semana passada para essa, mas ainda muito aquém do que deveria realmente acontecer para que as chuvas ficassem regulares. Portanto, as chuvas vão continuar irregulares e na maioria das vezes com baixos volumes”, finaliza Santos.

Texto: Larissa Schäfer