O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a afirmar que a safra brasileira de grãos 2023/24 terá quebra, mas ressaltou que a dimensão da perda ainda precisa ser quantificada.
–Precisamos dimensionar qual será o tamanho da safra. Haverá perdas em Mato Grosso, mas o Rio Grande do Sul, por exemplo, deve produzir 10 milhões de toneladas a mais–, disse Fávaro durante evento de apresentação das ações do Governo Federal para facilitar o escoamento da safra.
Fávaro destacou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará a atualização das estimativas de safra na próxima quinta-feira, 8.
Metodologia da Conab e questionamentos do setor
O ministro defendeu a metodologia utilizada pela Conab para a previsão da safra, diante de questionamentos recentes de entidades do setor sobre os números da estatal.
–Os preços dos grãos não reagem porque o Sul do País terá produção maior e a Argentina também colherá cerca de 20 milhões de toneladas a mais–, afirmou Fávaro.
Crise no agronegócio e gargalos logísticos
Fávaro descartou a ideia de que o agronegócio esteja em crise, apesar dos desafios climáticos e da instabilidade dos últimos anos. “Vivemos anos de incertezas no campo e intempéries climáticas, mas longe de crise instalada”, ponderou o ministro.
Em relação à abertura de mercados internacionais para produtos brasileiros, Fávaro reconhece que a medida pode gerar gargalos logísticos, mas defende a importância da infraestrutura para a competitividade do setor. “A infraestrutura logística é o que dá mais competitividade”, concluiu o ministro.