Política

Agricultores familiares ocupam Superintendência do Mapa em Porto Alegre

Um protesto organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS) está mobilizando agricultores familiares na Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Porto Alegre. A motivação para a ocupação é a cobrança por respostas em relação às demandas geradas pela estiagem.

Conforme a FETAG-RS, o ato é uma forma de pressionar os governos Federal e Estadual em relação aos pleitos prometidos há mais de um mês. As promessas teriam sido feitas durante o 10º Grito de Alerta, realizado em fevereiro em Ijuí, e reforçadas pela ministra Teresa Cristina durante a Expodireto Cotrijal.

“Os agricultores permanecerão ocupando o prédio da Superintendência de forma pacífica até obterem respostas efetivas, como a publicação das resoluções e decretos que atendam as pautas encaminhadas aos Governos”, informa a entidade.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva “precisamos mais uma vez sair para a rua e agir com mais intensidade para que os governos escutem as súplicas dos agricultores. Eles estão cansados de tantas promessas e nada de ação por parte dos governos, principalmente do Federal. Não queremos mais reuniões. Queremos soluções”.

A Fetag-RS tem agendas marcadas durante a semana com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, com o Governo Federal através do Ministério da Agricultura, Ministério da Economia e do Banco Central, Incra e com o Governador do Estado.

Demandas

As demandas prioritárias da entidade estão divididas entre o governo estadual e federal. No primeiro caso, alguns destaques são a solicitação de urgência no Programa Avançar Agropecuária e a implementação do crédito emergencial com valor a partir de R$10 mil por mutuário, com juros subsidiados. Além disso, a entidade pleiteia a implementação do auxílio emergencial estadual para os agricultores familiares com vulnerabilidade socioeconômica.

Para o governo federal, são demandadas ações relacionadas aos créditos de Pronaf, a equalização das prorrogações das operações de crédito vencidas e vincendas em 2022 e linha de crédito emergencial com limite de R$80 mil por mutuário, prazo de reembolso de 10 anos e com taxa de juros atual de 3%, entre outras solicitações.

Com informações da Fetag-RS