A China e União Europeia suspendem a compra de frango brasileiro após caso de gripe aviária suspendeu nesta sexta-feira (16) a compra de frango brasileiro por 60 dias após a confirmação do primeiro foco de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul. A confirmação foi revelada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em entrevista à CNN.
A decisão do país asiático foi motivada pela detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais. A detecção ocorreu em uma granja de reprodução em Montenegro, município situado no Vale do Caí, a 61 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
O País decretou estado de emergência sanitária. Após a confirmação do caso de gripe aviária, a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) determinou o isolamento da área em Montenegro, a eliminação das aves restantes, para que seja iniciado o protocolo de saneamento da granja.
E também será feita uma investigação complementar em raio inicial de 10 quilômetros da área de ocorrência do foco e de possíveis vínculos com outras propriedades. “Suspendemos o Rio Grande do Sul das exportações, cumprindo o protocolo”, afirmou o ministro.
Aves e ovos no RS
A medida traz importante impacto financeiro para o Rio Grande do Sul. O estado ocupa o quarto lugar na produção de ovos de galinha, respondendo por 11% do total produzido no País. Os municípios de Marau, Nova Bréscia, Tupandi e Westfália possuem grandes efetivos.
Em 2024, a exportação de carne de frango do RS registrou crescimento em novembro de 2024, mas acumulou queda no ano. O setor exportou cerca de 6,5 mil toneladas de ovos, um crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior. Atualmente, o Estado é capaz de produzir, em média, cerca de 3,2 bilhões de ovos por ano. No segmento de frangos, a expectativa de crescimento varia entre 3% e 4% para 2025.
No Brasil, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta uma produção de 59 bilhões de ovos em 2025, 2,4% a mais que em 2024, quando o setor estima ter alcançado a marca de 57,6 bilhões de unidades. Esse número, por sua vez, foi 9,8% superior ao registrado em 2023, de 52,448 bilhões de unidades.