O volume de fertilizantes importados pelo Brasil em julho superou o mês anterior e atingiu um novo recorde. O país importou 4,33 milhões de toneladas, aumento de 4,3% em comparação com junho. Além disso, o acumulado do primeiro semestre registra aumento de 15,45%, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte da na edição de agosto do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na sexta-feira (19).
“Fontes do setor informaram que as receitas do agronegócio brasileiro seguirão pressionadas pelo aumento nos preços desses fertilizantes importados. Além da queda na disponibilidade dos insumos, agravada pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, o valor dos fretes marítimo e terrestre têm contribuído diretamente para a diminuição nas margens de lucro do setor”, avalia a Conab.
O Boletim aponta para a necessidade investimento em projetos nacionais, além da melhoria na logística e na gestão dos produtores.
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Entre janeiro e julho de 2022, o volume acumulado das vendas externas de milho aumentou foi 85,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O movimento está relacionado à dificuldade da China em internalizar as cerca de 10 milhões de toneladas do grão que normalmente eram trazidas da Ucrânia, além da incidência de pragas nas lavouras que o país asiático tem enfrentado. Além disso, em razão de intempéries climáticas, as estimativas de produção de milho na Europa foram reduzidas em quase cinco milhões de toneladas, indicando que a demanda pelo produto do Brasil deverá aumentar. Desta forma, estima-se que os preços do milho deverão subir tanto no mercado doméstico quanto no internacional.
No caso da soja, as exportações brasileiras atingiram 60,54 milhões de toneladas, uma queda de 8,5% em comparação aos 66,20 milhões de toneladas exportadas no mesmo período de 2021. A redução justifica-se pela própria redução da safra, aliada à conjuntura internacional.
Com informações da Conab
