Mercado

Alta de 6,2% nos preços da tilápia inteira

No comparativo quinzenal, o preço médio pago ao produtor teve uma alta de 1,4%, enquanto a tilápia inteira no atacado aumentou 6,2%.

Os preços da tilápia avançaram nas últimas semanas devido ao período da Quaresma, o qual é considerada a melhor época do ano para o setor. “No comparativo quinzenal, o preço médio pago ao produtor teve um incremento de 1,4%, enquanto a tilápia inteira no atacado teve um incremento de 6,2%, com um aumento na demanda justificado pelo feriado santo”, explica a analista de mercado da Scot Consultoria, Jayne Costa.

Em março o setor atingiu o oitavo mês consecutivo de alta. “O mercado está retomando gradualmente o efeito que a gente teve de sustos no passado. Principalmente em 2021, quando os custos subiram muito e os preços de venda não. Isso sufocou os produtores, alguns deles pararam e outros diminuíram as estocagens, a produção caiu e hoje tem falta de peixe em consequência disso. Mas os preços estão reagindo, porém, ainda não corrigiram o ‘efeito pandemia’”, explica o gerente da Fider Pescados, Juliano Kubitza.

Preços da tilápia

Na comparação de fevereiro e março, os valores tiveram saldo positivo. No oeste e norte do Paraná, o valor pago ao produtor pela tilápia in natura teve médias de R$ 8,91/kg e de R$ 9,10/kg, ou seja, um aumento de 4,09% e 2,13%, respectivamente.

Na região dos Grandes Lagos (noroeste do estado de São Paulo e divisa de Mato Grosso do Sul), a cotação média foi de R$ 9,32/kg, alta de 4,84% na comparação mensal. Na praça de Morada Nova de Minas (MG), o valor médio da tilápia foi de R$ 8,85/kg, com avanço de 1,61%.

Produção

Há muita demanda da tilápia, mas a oferta se mostra limitada. “Esperamos uma recuperação para o segundo semestre deste ano, porque, para este primeiro semestre, muito provavelmente o mercado não recupera, já que os volumes de produção seguem baixos. É difícil prever o que acontece neste ano, imagino um novo crescimento em volume, mas mantendo o ritmo de 2022. O Brasil este ano, se não passar, deve chegar muito perto das 600 mil toneladas, tornando a proteína cada vez mais disponível”, afirma Kubitza.