Economia

PIB do Rio Grande do Sul deve cair ainda mais com impacto da estiagem

O impacto da estiagem na economia do Rio Grande do Sul deve ser observado com mais força no segundo trimestre de 2022. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,8% no primeiro trimestre e uma redução ainda mais severa deve ocorrer no segundo, uma vez que neste período é contabilizada a maior parcela da produção de soja no cálculo, cultura que sofreu queda de 53,5% na produção em 2022. Esse fator se soma à continuidade de questões como os efeitos da guerra na Ucrânia e da pandemia de covid-19, além da alta na inflação e a perspectiva de baixo crescimento no país.

As análises estão no Boletim de Conjuntura publicado nesta sexta-feira (1) e indicam a confirmação das perspectivas divulgadas em abril, que apontavam para um potencial efeito negativo nas atividades ligadas ao campo e também em segmentos da indústria e dos serviços. O Boletim é elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Na indústria de transformação, a mais significativa da economia do Estado, a tendência é para a continuidade do ritmo lento de crescimento nos próximos meses, reflexo das perdas na agropecuária e do baixo dinamismo da economia nacional e internacional. O Comércio, principal segmento do setor de Serviços, também deve ser afetado pelas mesmas questões apontadas para a indústria de transformação.

“É sabido que, no interior do Estado principalmente, o desempenho das vendas do comércio está relacionado com o comportamento do setor primário. Com a estiagem, o impacto no comércio será negativo e as questões macroeconômicas também terão efeito negativo, principalmente as ligadas ao aumento de preços e ao encarecimento do crédito via elevação dos juros”, destaca a pesquisadora Vanessa Sulzbach.

Com informações de Secom