Desafios da Soja

Colheita da soja segue no Rio Grande do Sul e previsão de quebra de 55% é mantida

A colheita da soja ainda não foi finalizada no Rio Grande do Sul. Ela avançou apenas dois pontos percentuais na última semana, chegando a 97% das áreas do estado. Tradicionalmente, a colheita já estaria encerrada neste período do ano. Além da ocorrência de chuvas, “a existência de algumas lavouras ainda em maturação, semeadas ou ressemeadas tardiamente, após o período de estiagem, condicionaram a não finalização da colheita no período”, conforme o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (02) pela Emater/RS-Ascar.

A operação já foi encerrada em algumas regiões, como Alto Uruguai, Planalto, Serra e Fronteira Oeste. A colheita deve ser finalizadas nos próximos dias em duas regiões do estado: o Noroeste, devido ao replante tardio; e Sudeste, que costumeiramente utiliza cultivares de ciclo mais longo.

A estimativa de quebra de 55% na produtividade está mantida, com projeção de rendimentos entre 1.400 e 1.500 kg/ha na média estadual. “De modo geral, a produtividade é menor em lavouras a Oeste, mas aumenta à medida que nos deslocamos para Leste do Estado, retratando os maiores efeitos da estiagem no Oeste”, relata a entidade.

Lavouras perdidas

A colheita está tecnicamente encerrada nas regionais de Caxias do Sul, Passo Fundo e Erechim. Algumas lavouras semeadas em safrinha foram perdidas em Erechim pela impossibilidade de acesso de máquinas e pelo excesso de chuvas.

Na regional de Soledade ainda restam 4% das áreas a serem colhidas. Além disso, as lavouras iniciaram a apresentar indicativos de perda de qualidade dos grãos, além da abertura e da debulha natural de vagens, conforme o Informativo.

O tempo seco na região de Bagé levou os produtores a realizar turnos prolongados e até contratar colheitadeiras de outras propriedades. “As áreas mais sujeitas a perdas pelo excesso de umidade são aquelas onde já ocorreram chuvas volumosas após a fase de maturação de colheita, sobretudo nas áreas de várzeas onde ainda se observa lâmina d’água sobre o solo”, relata o documento. Além disso, produtores que costumam reservar parte dos grãos colhidos para utilizar como sementes podem ter problemas devido à perda da qualidade fisiológica e sanitária decorrente das chuvas registradas, segundo a Emater.

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Com informações da Emater/RS-Ascar