A safra de soja no Rio Grande do Sul está avançando em ritmo acelerado. Com muitos períodos chuvosos durante a colheita, os produtores precisam aproveitar os momentos de tempo seco para retirar a soja pronta no campo. O Desafios da Soja acompanhou de perto a colheita em uma área de produção de sementes na IPÊ Alimentos.
Lá, conversamos com Jeferson Nunes, supervisor de produção de sementes da Cooperativa Coopatrigo. A área de atuação da cooperativa abrange aproximadamente 500.000 hectares de soja. Segundo Nunes, até o momento, cerca de 20% dessa área já foi colhida, restando uma parte substancial a ser processada.
Os resultados da colheita até agora têm sido favoráveis, apesar das adversidades climáticas enfrentadas durante o ciclo de crescimento da cultura. O excesso de chuvas durante os períodos reprodutivo e vegetativo, juntamente com períodos de calor intenso e veranicos em janeiro, criou um ambiente desafiador para os agricultores. Além disso, doenças como ferrugem asiática e manchas foliares também afetaram algumas plantações com uma falta de manejo adequado, contribuindo para uma pressão adicional sobre os rendimentos.
Produção de sementes comprometida
No entanto, a produção de sementes enfrenta dificuldades adicionais neste ano. As condições climáticas adversas, com altos volumes de chuva e temperaturas elevadas, afetaram a qualidade das sementes. Muitos campos foram descartados devido à baixa qualidade do produto final, prejudicando a oferta de sementes de qualidade para os agricultores.
Portanto, enquanto a safra de soja nas Missões enfrenta obstáculos, ainda há otimismo em relação aos resultados finais, destacando a resiliência e a dedicação dos produtores locais em superar as adversidades.