Em uma entrevista para o projeto “Desafios da Soja“, promovido pelo portal Destaque Rural, Ariel Muhl, agrônomo de campo da Corteva, falou sobre a importância de manter um programa consistente de aplicação de fungicidas até o final do ciclo de crescimento da soja para o controle da ferrugem asiática. A conversa aconteceu no município de Coxilha no Rio Grande do Sul.
A importância de um programa contínuo
Durante a entrevista, Muhl destacou que a safra atual foi “extremamente desafiadora” no tocante ao manejo de doenças, principalmente ferrugem asiática, e salientou que os produtores que adotaram um programa contínuo de aplicação de fungicidas puderam ver claramente sua eficácia. “Quem não fez um manejo adequado desde o início certamente perdeu produtividade”, afirmou o agrônomo.
O impacto da ferrugem nesta safra
Ariel Muhl explicou que a ferrugem asiática, conhecida por sua agressividade, exige um manejo cuidadoso e persistente.
Ele observou que, em alguns casos, foram necessárias cinco a seis aplicações para manter a sanidade das lavouras, número acima do usualmente necessário.
Últimas aplicações: essenciais para a produtividade
O agrônomo enfatizou a importância das últimas aplicações de fungicidas para manter a qualidade e o peso dos grãos, fatores cruciais para a produtividade. “Se o produtor deixa de fazer essas últimas aplicações, perde-se todo o residual que poderia proteger a lavoura contra a ferrugem e outras doenças, levando à desfolha e consequente perda de produtividade”, explicou.
Observando o final do ciclo
Muhl também destacou como é crucial monitorar o momento de parar as aplicações. “Entrando na maturação fisiológica, não recomendamos mais o manejo com fungicidas”, alertou. A decisão sobre a última aplicação deve levar em conta quantos dias de ação residual são necessários para proteger as plantas até esse estágio.
A importância de um manejo bem-feito
Finalizando, o especialista reiterou que o sucesso no combate à ferrugem não se resume apenas a iniciar bem o tratamento, mas também a manter a proteção até o final do ciclo. “Não adianta fazermos tudo certo e deixarmos um período longo desprotegido no final da cultura. A ferrugem, especialmente, pode causar uma perda significativa de produtividade em apenas 15 a 20 dias”, concluiu Muhl.
Esta entrevista reforça a mensagem de que a manutenção de um programa até o final do ciclo e a atenção contínua são essenciais para maximizar tanto o rendimento quanto a qualidade da soja, especialmente em anos desafiadores como o atual.
Sobre o Desafios da Soja
O Projeto Desafios da Soja é uma iniciativa do Portal Destaque Rural com o objetivo principal de realizar uma cobertura jornalística abrangente da safra de soja nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Mais do que simplesmente relatar os acontecimentos, o projeto busca estabelecer uma conexão entre a pesquisa acadêmica e a realidade enfrentada pelos produtores de soja.
Uma das características marcantes do Projeto Desafios da Soja é sua abordagem factual e abrangente sobre o desenvolvimento da safra, oferecendo aos seus leitores e espectadores uma visão detalhada e atualizada do panorama da produção. Para isso, o projeto não se limita apenas a relatar os acontecimentos, mas também busca dialogar com produtores, pesquisadores e outros profissionais envolvidos na cultura da soja.
Ao aliar a cobertura jornalística com a expertise acadêmica, o Projeto Desafios da Soja proporciona uma compreensão mais ampla dos desafios enfrentados pelos produtores, bem como das soluções e inovações que estão sendo desenvolvidas para superá-los. Dessa forma, o projeto desempenha um papel fundamental na disseminação de informações relevantes e na promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura de soja na região sul do Brasil.