A semeadura da soja no Rio Grande do Sul avançou significativamente na última semana, passando de 23% para 40% da área estimada para a safra 2024/2025, segundo o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (14), pela Emater/RS-Ascar. Os sojicultores gaúchos devem semear 6,8 milhões de hectares da oleaginosa neste ciclo.
De uma maneira geral, as condições climáticas que o estado vem registrando, com alternância entre dias de chuva e sol, são consideradas favoráveis ao cultivo, pois mantêm a umidade do solo em níveis adequados para o processo mecânico de semeadura e para a germinação e emergência das plantas.
“O mínimo revolvimento do solo tem preservado a cobertura de palha, mantendo-o protegido, favorecendo uma deposição de sementes mais uniforme e diminuindo a necessidade de ajustes frequentes nas semeadoras. Nas lavouras onde as plantas emergiram, observa-se excelente estabelecimento inicial e rápido crescimento vegetativo, mas é necessário nova ocorrência de chuvas, para manter esse cenário”, avalia o documento.
Entretanto, em regiões como o Noroeste e a Fronteira Oeste, a redução das chuvas no início de novembro reduziu o teor de umidade dos solos e dificultou a continuidade do plantio de maneira segura.
Milho
Já a semeadura do milho, que já alcança 81% da área estimada para a safra, avançou apenas três pontos percentuais. Os produtores priorizaram a semeadura de soja e a colheita de cereais de inverno. A área do cereal está projetada em 748,5 mil hectares e a produtividade média em 7,1 mil kg/ha.
Atualmente, 69% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 26% em floração e 9% em enchimento de grãos. A Emater/RS-Ascar alerta que a redução na frequência de chuvas tem começado a causar sinais de deficiência hídrica em áreas onde os acumulados foram inferiores a 20 mm nos últimos 10 dias. Essas condições podem causar impactos na produtividade.
Já as áreas com maiores volumes de chuva ou irrigadas apresentam “excelente desenvolvimento, folhas bem expandidas, coloração verde intensa e sincronismo da emissão da inflorescência masculina e feminina (pendão e espiga), beneficiadas pela alta disponibilidade de radiação solar durante o dia e temperaturas amenas à noite”.
As práticas fitossanitárias foram intensificadas com aplicações preventivas de fungicidas. Já a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), principal praga da cultura, segue sob controle em todo o Estado, conforme a Emater, contribuindo para o bom desenvolvimento das lavouras.
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Com informações da Emater/RS-Ascar