Clima

Segundo Inmet, julho de 2023 foi o mais quente desde 1961

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), durante o mês de julho é comum que, na Região Sul e áreas serranas do Sudeste, predominem os valores de temperatura média entre 12°C e 20°C.

Neste ano, porém, as temperaturas na região foram superiores ficando entre 12°C e 24°C. 

Houve uma predominância de desvios positivos de temperatura média em grande parte do Brasil, registrando valores de até 3°C acima da média, desde o sul da Região Norte, passando pelo Centro-Oeste, até a Região Sul.

Tomando como base a média histórica (1991 – 2020) das temperaturas médias observadas nas estações meteorológicas do Inmet em todo o Brasil no mês de julho, a temperatura média do País seria 21,93°C.

Contudo, em 2023, a temperatura média foi de 22,97°C, ou seja, um desvio de 1,04°C acima da média histórica, colocando o recente julho como o mais quente já registrado no Brasil desde 1961.

Até então, julho de 2022 era o mais quente com 22,77°C ou 0,84°C acima da média.

Calor extremo ao longo do anos

É importante ressaltar que 2022 foi considerado o vigésimo ano mais quente desde 1961 e foi marcado pela ocorrência do fenômeno La Niña, que consiste no resfriamento das águas do Pacífico Equatorial e provoca alterações na circulação atmosférica, afetando o clima de várias regiões do globo. Mesmo assim, 2022 ficou entre os mais quentes da era industrial.

Já o terceiro e o quarto julhos mais quentes, desde 1961, ocorreram nos anos de 2015 e 2016, respectivamente. Nesses anos foram registrados os valores de 0,8°C (2015) e 0,6°C (2016) acima da média histórica.

Tanto 2015 como 2016 estiveram sob a influência do fenômeno El Niño, que corresponde ao inverso da La Niña, quando existe um aquecimento das águas do Pacífico Equatorial, que favorece a elevação da temperatura em diversas partes do planeta.

Este El Niño foi classificado como um evento muito forte.Neste contexto, entre os meses de abril e maio de 2023, foi observado uma tendência de aquecimento das águas do Pacífico e junho teve início um novo episódio de El Niño que, atualmente, está com intensidade moderada.

Via: Inmet