Agronegócio

Registros de novos produtos de baixo impacto para o controle de pragas são publicados

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, na sexta-feira (31), a última relação de agrotóxicos registrados em 2021, com destaque para os produtos de baixo impacto. Do total de registros que constam no Ato nº 55 da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins, 15 estão nessa categoria. No balanço anual, foram oito novos ingredientes ativos desses produtos contra seis dos químicos convencionais.

Em 2021, o número de registros aumentou para 92 produtos registrados. A maioria são produtos à base de agentes biológicos ou microbiológicos e extratos vegetais para o controle de pragas e doenças na agricultura. Em 2020, foram 95 registros.

Na linha dos produtos de baixo impacto, os “produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica” são destacados. Para essa categoria, houve um recorde: 51 novos registros em 2021, contra 38 em 2020.

“Hoje, temos mais de 200 produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica registrados à disposição do produtor e esse número deve aumentar ainda no primeiro trimestre de 2022, considerando as várias solicitações em análise atualmente”, destaca a chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Nascimento.

Mais opções e uma novidade

Além dos produtos de baixo impacto, o Ato nº 55/2021 trouxe ainda o registro de 25 produtos considerados “clones”. Isto é, moléculas que foram autorizadas anteriormente e estão em uso no campo hoje.

“É importante ampliar a concorrência nesse mercado para que o produtor não fique dependente de uma ou outra empresa e, sim, tenha a possibilidade de escolher de quem ele quer comprar o produto”, ressalta Tatiane Nascimento.

Do total de produtos que aparecem no Ato nº 55, alguns contêm mais de um ingrediente ativo e a maioria já está registrada em países, como Estados Unidos e Austrália, ou na Europa. Um desses casos é o do herbicida à base de Oxatiapiprolina, única molécula inédita na lista.

Segundo a coordenadora-geral substituta de Agrotóxicos e Afins, Marina Dourado, o registro traz mais tranquilidade ao setor produtivo. Há um temor pela possível falta de matéria-prima para a produção dos herbicidas que serão utilizados na próxima safra. “Nossa preocupação era que o produtor não ficasse desassistido e com o registro da Oxatiapiprolina, ampliamos o leque de produtos para várias culturas, até mesmo aquelas com suporte fitossanitário insuficiente, também chamadas de minor crops”, destaca.

O Mapa ressalta que para obter o registro como agrotóxico no Brasil, todos os produtos passam por uma “rigorosa análise técnica dos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, que verificam se ele é eficiente e seguro para uso com base em critérios científicos e alinhado às melhores práticas internacionais”.

Fonte: Mapa