Agronegócio

IDR-Paraná levará cultivares de feijão e soja para o Show Rural 2024

Imagem de divulgação
Imagem de divulgação

O IDR-Paraná estará presente no Show Rural 2024, que se inicia em fevereiro, apresentando os novos cultivares de feijão e soja lançados nos últimos meses. Cultivar é a denominação atribuída a uma forma específica de uma planta cultivada, correspondendo a um genótipo e fenótipo particulares que possibilitam um cultivo personalizado pelos produtores rurais.

O feijão, sendo uma significativa fonte de proteína e minerais na alimentação dos brasileiros, tem no Estado do Paraná o principal polo de produção nacional. A cultura desempenha um papel economicamente relevante e socialmente significativo para o Estado, com a participação predominante dos agricultores familiares na produção.

Ao longo de cerca de 50 anos, o programa de melhoramento genético de feijão do IDR-Paraná desenvolveu 41 cultivares, transformando a realidade da cultura no Estado. Isso resultou em práticas agrícolas mais sustentáveis, maior rentabilidade para os agricultores, conservação do meio ambiente e disponibilidade de alimentos de qualidade e acessíveis para o consumidor.

Somente em 2023, o Instituto lançou duas novas cultivares de feijão: o IPR Águia, do grupo comercial carioca, com a tecnologia STOCK, apresentando escurecimento lento dos grãos após a colheita e tolerância ao avermelhamento em caso de chuva próxima à colheita; e o IPR Cardeal, do grupo comercial vermelho, com grãos grandes de cor vermelho escuro. Ambos os cultivares têm indicação de cultivo para Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, adaptando-se tanto a safras com muita água quanto às mais secas.

Lançamento do Feijão IPR Águia, em Ponta Grossa

Os agricultores que visitarem o espaço no Show Rural 2024 também terão a oportunidade de observar no campo as cultivares IPR Sabiá (grupo carioca, ciclo médio), IPR Curió (carioca, ciclo precoce), IPR Tuiuiú (grupo preto, ciclo médio), IPR Nhambu (grupo preto, ciclo médio) e IPR Urutau (grupo preto, ciclo semiprecoce).

No que diz respeito à soja, seguindo a tendência mundial por alimentos mais saudáveis, o IDR-Paraná, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal de Viçosa (UFV), lançou recentemente três cultivares de soja para alimentação: IPR-Basalto, IPR-Petrovita e IPR-Pé Vermelho. Essas cultivares também serão expostas durante a feira.

Os grãos de soja contêm aproximadamente 40% de proteínas (o dobro do feijão) e 20% de lipídios, apresentando todos os aminoácidos essenciais em proporções adequadas para a dieta humana. Além de altos teores de minerais, carboidratos, açúcares e vitaminas, os grãos de soja possuem qualidades nutricionais com ações anti-inflamatórias, anticarcinogênicas e antioxidantes.

No Brasil, o consumo humano de soja in natura é limitado devido a características indesejáveis encontradas no grão, como textura, cor, odores desagradáveis e sabor adstringente. As cultivares IPR Basalto, IPR Petrovita e IPR Pé Vermelho não possuem as três lipoxigenases, características que proporcionam melhor aceitação pelo consumidor. Além disso, essas cultivares não são transgênicas e possuem crescimento indeterminado, sendo passíveis de semeadura desde meados de setembro. Com grãos amarelos, hilos marrom claro e bom teto produtivo, em condições adequadas, alcançam mais de 5.000 Kg/ha (200 sc/alq).

Para produtores de sementes interessados na multiplicação das cultivares do IDR-Paraná e agricultores que desejam produzir grãos dessas cultivares, o contato deve ser feito com o Setor Comercial do IDR-Paraná por meio do e-mail [email protected] ou pelos telefones (43) 3376-2133 | (43) 3376-2482.

O Show Rural de Cascavel destaca-se como uma das maiores feiras do agronegócio da América Latina. O Governo do Paraná apoia o evento, participando ativamente com orientação técnica e sistema de financiamento. Diversas secretarias aproveitam a vitrine do evento para apresentar novidades ao público. No ano passado, a feira registrou 384.122 visitantes, estabelecendo um recorde de público, e movimentou R$ 5 bilhões em negócios, abrangendo financiamentos, contratos, parcerias e compras, voltados para a modernização do campo e dos sistemas de produção.