Agronegócio

Carlos Fávaro destaca combate à fome e restauração da imagem do Brasil em posse

Carlos Fávaro tomou posse oficialmente do cargo de ministro da Agricultura e Pecuária nesta segunda-feira (02). O senador do PSD, que pediu se afastou do cargo para assumir a pasta, destacou o enfrentamento à fome e o papel da agropecuária para garantir alimentação.

Na avaliação do ministro, o principal gargalo do Ministério da Agricultura é a imagem do Brasil em relação à questão ambiental. “O Brasil se tornou pária mundial em relação ao meio ambiente e à produção sustentável. Precisamos reconstruir pontes com a comunidade internacional não porque eles querem, mas porque se faz necessário”.

O primeiro compromisso assumido por ele durante a cerimônia de posse foi o fortalecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Temos que fazer com que ela continue sendo o orgulho de todos os brasileiros e ajude a preparar nossa agropecuária para o combate à fome e para a produção sustentável”.

Lembrando os questionamentos sobre as relações do Mapa com o Ministério do Meio Ambiente e com o recém-criado Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fávaro disse que “todos se surpreenderão”. “Estamos todos no mesmo lado”, disse para a plateia que acompanhava a cerimônia de transmissão de cargo de ministro, no auditório da sede da Embrapa.

Ao passar o cargo para Fávaro, o ex-secretário executivo do Mapa, Márcio Eli Almeida, disse que o agro brasileiro tem a responsabilidade de garantir a segurança alimentar e zelar pelos recursos ambientais do Brasil e do mundo. “É tempo de todos somarmos esforços para o sucesso da gestão de Fávaro. O seu sucesso é o sucesso do agro brasileiro”, disse, representando o ex-ministro Marcos Montes, que não esteve presente na cerimônia.

O ex-secretário executivo do Mapa, Márcio Eli Almeida, realizou a transmissão do cargo diante da ausência do ex-ministro Marcos Montes | Foto: Guilherme Martimon/MAPA

Participaram da cerimônia o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o senador Jayme Campos (União/MT), o deputado federal Neri Geller, e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Eduardo Botelho.

Biografia

Agropecuarista, Carlos Henrique Baqueta Fávaro nasceu em Bela Vista do Paraíso (PR). Ingressou na vida política após atuar como presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Também presidiu a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Lucas do Rio Verde (Cooperbio Verde).

Entre 2015 e 2018, ocupou o cargo de vice-governador do estado de Mato Grosso. Em abril de 2016, foi nomeado secretário de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, cargo que ocupou até dezembro de 2017.

Em 2020, tomou posse do mandato como Senador da República substituto até o resultado de eleição suplementar convocada pelo TRE-MT. Venceu a disputa e conquistou o cargo de Senador até 31 de janeiro de 2027.

Em sua atuação parlamentar recente, se destaca a relatoria do Projeto de Lei n° 510, de 2021, que dispõe sobre regularização fundiária e é criticado por ambientalistas, que o chamam de PL da Grilagem. Além disso, Fávaro votou a favor do chamado PL do Autocontrole (PL 1.293/2021), que modifica o modelo de fiscalização sobre a produção agropecuária, determinando que as empresas do setor criem seu próprio programa de defesa. O senador também votou a favor da PEC da Transição, que ampliou recursos para assegurar o Bolsa Família e para outras áreas do governo.

Com informações do Mapa