Avicultura

Brasil negocia expansão de mercado para frango com EUA

Outro ponto de interesse para o Brasil é a conclusão do protocolo fitossanitário para a exportação de limão taiti, já acordado, mas pendente de assinatura

pessoa trabalhando em frigorífico de frango
Foto: Ari Dias/Divulgação

Em uma iniciativa estratégica, visando fortalecer sua presença no mercado internacional, o Brasil está buscando expandir suas cotas de exportação de carne bovina e açúcar para os Estados Unidos, além de explorar oportunidades para introduzir carne de frango e limão taiti.

A missão, liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, teve início na segunda-feira, 11, com o objetivo de aprofundar as relações comerciais entre as duas nações. Perosa expressou o desejo de dobrar a atual cota de exportação de carne bovina para os EUA, fixada em 65 mil toneladas anuais, e de aumentar as exportações de açúcar cuja cota é determinada a cada safra. Ele ressaltou a complementaridade dos mercados de carne bovina entre Brasil e EUA, indicando uma possível cooperação sem competição direta.

Outro ponto de interesse para o Brasil é a conclusão do protocolo fitossanitário para a exportação de limão taiti, já acordado, mas pendente de assinatura. Além disso, a abertura do mercado americano para a carne de frango brasileira está na pauta de discussões, evidenciando a busca por uma parceria equilibrada que beneficie ambos os países.

Os Estados Unidos expressaram o desejo de reduzir a tarifa de importação brasileira sobre o etanol, atualmente em 18%, buscando uma negociação que leve em consideração os interesses mútuos. Esta troca comercial ocorre em um contexto onde Brasil e EUA, dois gigantes do agronegócio global, competem e cooperam em diferentes segmentos, como grãos e carnes.

Em 2023, o Brasil investiu US$ 843,560 milhões na importação de produtos agropecuários dos EUA, enquanto as exportações brasileiras para o país norte-americano atingiram US$ 9,820 bilhões, lideradas por celulose, madeira e café, de acordo com dados do Agrostat.

Além das negociações comerciais, a missão brasileira nos Estados Unidos apresentará a iniciativa de conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis para fundos de investimento, alinhando-se às agendas de investimentos sustentáveis e reforçando o compromisso com a sustentabilidade no setor agropecuário.