A colheita de trigo no Paraná atingiu 63% da área semeada, no entanto problemas climáticos resultaram em uma redução na estimativa desta safra. O número caiu de 3,99 milhões de toneladas no início do ciclo para 3,57 milhões de toneladas em outubro, configurando uma redução de 11%. Os dados foram atualizados na estimativa de safra divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná.
“Parte desta revisão se deu em função da estiagem no Norte e Centro-Oeste do estado, onde a quebra foi estimada em 11%; e outra parte, mais representativa, no Oeste e Sudoeste, onde as geadas e as chuvas em excesso geraram retrações de 30% e 16%, respectivamente”, explica analista Carlos Hugo Godinho, do Departamento de Economia Rural (Deral) do Praná.
A produtividade está estimada em 2.700 kg/ha nas áreas que já foram colhidas. “Além dos danos quantitativos, há mais de um mês temos colhido trigos prejudicados em termos de qualidade, gerando um volume significativo em relação ao total da safra, prejudicando o produtor em relação à rentabilidade e dificultando o abastecimento dos moinhos”, destaca Godinho.
As lavouras a colher no Paraná estão concentradas na região Sul. Nessas lavouras, mais tardias, o potencial produtivo está mantido. Além disso, área estimada no estado foi corrigida para cima e está estimada atualmente em 1,19 milhão de hectares.
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Cevada
As chuvas também atrapalharam a colheita da cevada, que começou a se intensificar no último fim de semana. Ponta Grossa, um dos principais polos produtores, já colheu pelo menos 20% da área, mas vem registrando baixa qualidade. Assim como no último ano, grande parte da produção pode ser utilizada para ração. Em Guarapuava, o rendimento pode ser prejudicado por doenças e fungos difíceis de combater com chuvas.
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Com informações de Seab