Trigo

Colheita do trigo apresenta atraso, mas cultura mantém potencial produtivo

Assim como ocorreu com a semeadura, a colheita do trigo está atrasada no Rio Grande do Sul. Nesta mesma época do ano, na média das média das últimas cinco safras, a colheita já chegava a 41%. Na safra de 2022, o índice chega a apenas 7%, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar desta quinta-feira (27).

“Um dos fatores para essa demora se deve à semeadura mais tardia em sucessão às lavouras de verão, que foram ressemeadas após o período de estiagem do último verão, que, por sua vez, atrasou as colheitas. Outro fator é a desuniformidade na maturação das lavouras, que levou parte dos produtores a aplicarem herbicidas para uniformizá-la, e os produtos utilizados demandam um período de ação e de carência para a colheita”, explica

Entretanto, a cultura já está se aproximando do encerramento da safra. O estádio de maturação representa 46% das lavouras. Na avaliação da Emater/RS-Ascar, as lavouras permanecem com excelente potencial produtivo. Recentemente, a entidade revisou as estimativas para a safra de inverno e ampliou as projeções para o trigo, que pode alcançar a produtividade de 3.210 kg/ha e produção de 4,6 milhões de toneladas.

Regiões

A colheita já iniciou em uma pequena área da regional de Erechim, onde a produtividade alcançada é de 3.000 Kg/ha. A expectativa é de que operação acelere nos próximos dias. Um ponto de atenção é o aumento da incidência de doenças fúngicas, em especial a giberela.

Apenas 3% das lavouras já foram colhidas na região de Frederico Westphalen, foram colhidos 3% dos cultivos. Apesar das condições favoráveis, o alto volume de chuvas causou acamamento e diminuição na qualidade dos grãos em algumas lavouras. A Emater ressalta que os danos foram pontuais e não impactam na produtividade regional.

A colheita evoluiu um pouco mais na região de Santa Rosa, com 9% das áreas colhidas. Até o momento, os resultados são positivos e a produtividade registrada é superior à expectativa inicial, com lavouras produzindo acima de 3.600 kg/ha e alta qualidade dos grãos. “As lavouras restantes mantêm a boa aparência, com espigas grandes e com boa granação, gerando satisfatória expectativa de produtividade. As chuvas, no período, foram favoráveis às lavouras em enchimento de grãos e maturação, proporcionando condições para um produto com boa qualidade de elevado peso hectolitro (PH)”, afirma a Emater/RS-Ascar.

Com informações de Emater/RS-Ascar