Para iniciar a semeadura das culturas de verão a partir de setembro, o preparo das áreas em terras baixas já deveria estar sendo finalizado. Neste ano, entretanto, produtores não estão conseguindo entrar nas áreas e realizar os trabalhos. O principal motivo é a sequência de chuvas na região, porém o alto preço do diesel também desestimula a entrada com as máquinas nas lavouras.
“Quando baixa a umidade do solo e a gente vai querer entrar com as máquinas para finalizar os trabalhos e fazer as avaliações de manejo, chove de novo e a gente vai mais um período de cinco a seis dias, quando tá querendo entrar, chove de novo’, relata o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Enio Marchesan.
Entre as atividades que devem ser realizadas, está a construção de taipas, nivelamento das áreas e preparação dos canais de irrigação. Tudo para que as janelas de plantio e recursos sejam bem aproveitados na implantação da safra de verão. “As janelas, as oportunidades de semeadura são pequenas em função de nós estarmos trabalhando em um ambiente de terras baixas, cuja principal característica natural é deficiência de drenagem […]. Então a gente tem que aproveitar bem essas oportunidades ou janelas de semeadura. Por isso a máxima de na hora de semear, só semear”, explica o professor.
O foco agora deve ser em recuperar o tempo perdido e mobilizar as equipes para aproveitar as oportunidades. Marchesan também aconselha que os produtores não entrem em áreas muito úmidas e que aguardem a umidade adequada, de forma que não precisem trabalhar novamente as áreas.
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