Jeferson Parreira, de Rosário do Sul – RS, é produtor de arroz, soja e ainda possui áreas de pecuária. Ele investiu na diversificação da produção para alcançar melhores resultados. “O futuro hoje da agricultura, para se manter, é ter diversificação, quem está só em uma cultura hoje, está praticamente morto. Tu tem que ter arroz, soja, uma pecuária e ir se aprimorando, tem que acompanhar as tecnologias”, afirma.
A propriedade da família cultiva cerca de 70 hectares de arroz e 150 de soja. A rotação de culturas é realizada em toda a área. Conforme os registros, a produtividade do arroz dobrou em dez anos. Na soja, a produtividade passou de 25 a 30 sacas por hectare no começo da produção para uma média de 59 sacas no ano passado. Já no arroz, a propriedade alcançou de 180 a 190 sacas por hectare, passando de 10 mil kg/hc na safra passada.
Safra atual
A safra atual, no entanto, apresenta desafios. O clima seco e quente é um dos principais, o que aumenta o consumo de água. Apesar disso, o produtor considera que as lavouras apresentam bom desenvolvimento.
O aumento dos custos de produção também traz preocupação e alguns produtores “não dormem à noite”, conforme relata Parreira. A safra de arroz 2021/2022 apresenta um custo de produção de R$ 90,74 por saco de 50 quilos, considerando uma média de 166,13 sacos por hectare. O número representa um crescimento de 30,31% em relação à safra passada, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
“Isso pode ocasionar dívidas no final e o produtor não conseguir arcar com todos os custos. Ainda poderá ter algum prejuízo devido a esse clima seco e muito quente que poderá afetar a produtividade, mais o custo elevadíssimo pode acontecer de ter problemas de falta de recursos para pagar o financiamento ou até de sobreviver”, explica o agricultor.