A colheita da safra de arroz no Rio Grande do Sul já alcança 8% das áreas cultivadas. As perdas de produtividade, no entanto, passam de 20% em algumas regionais. Enquanto nas regiões mais ao Sul a cultura se desenvolve bem, as demais regiões apresentam menor disponibilidade de irrigação, apresentando redução no potencial produtivo. As informações são do Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr).
Na regional de Santa Maria, as perdas chegam a mais de 20% na cultura, até o momento. Além disso, a área implantada foi um pouco menor do que a prevista.
A colheita já chega a 5% da área plantada em Uruguaiana, na Fronteira Oeste, integrante da regional da Emater RS/Ascar de Bagé. “Os relatos de maiores perdas de produtividade são relacionados com as altas temperaturas e o uso da irrigação intermitente. O rendimento de grãos inteiros também foi comprometido pelas condições climáticas adversas, situação que afeta os preços pagos, já considerados muito baixos para cobertura dos custos de produção“, relata o documento. As reservas hídricas seguem apresentando redução, o que diminui a água disponível para irrigação e gera aumento da área abandonada. A semana foi marcada novamente pela pela falta de chuvas, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar.
Em São Gabriel, a colheita atinge 5% da área, com produtividades acima de 10 mil quilos por hectare. O Informativo afirma que o resultado reflete a a alta disponibilidade de radiação solar ao longo do ciclo da cultura, o que também causou índice elevado de grãos gessados. “As perdas estimadas para a cultura são de 10% e devem ser observadas nas lavouras semeadas a partir da segunda quinzena de outubro”, diz o relatório.
Mais adiantada, a colheita alcança 10% da área de São Borja. A indisponibilidade de água afeta 25% das lavouras que se encontram na fase de enchimento dos grãos.
A última semana foi marcada por temperaturas menos prejudiciais ao desenvolvimento das lavouras e boa disponibilidade de radiação solar na Campanha. “Há relatos de perdas de 20% em Caçapava do Sul ocasionadas pela irrigação intermitente e alta incidência de panículas com falhas devido ao registro de baixas temperaturas noturnas durante a floração”, relata o documento. Ainda assim, as reservas de água estão ajustadas para utilização na maioria das áreas. Na localidade, o alto custo de produção e os riscos ao potencial produtivo levaram muitos produtores a eliminar a segunda aplicação de fungicida ou até mesmo conduzir as lavouras sem pulverização desta classe de defensivos, segundo o Informativo.
Com informações da Emater-RS/Ascar