Safra 2024

Colheita do trigo começa com otimismo no Rio Grande do Sul

A produtividade geral segue estimada em 3,1 mil kg/ha; esse resultado depende de que não ocorram incidentes climáticos prejudiciais até o final do ciclo

Foto de colheitadeira em lavoura de trigo despejando grãos em carreta graneleira.
A colheita deve se intensificar a partir da segunda quinzena de outubro | Foto: Bruna Scheilfer/Arquivo Destaque Rural

A colheita de trigo está começando no Rio Grande do Sul, abrangendo apenas 2% das lavouras até o momento. Considerando que 30% dos cultivos está em processo de maturação, a colheita deve se intensificar a partir da segunda quinzena de outubro, de acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Emater/RS-Ascar.

A condição geral das lavouras é considera satisfatória e a a expectativa para a safra segue positiva, com a estimativa de produtividade geral de 3,1 mil kg/ha. Esse resultado depende de que não ocorram incidentes climáticos prejudiciais até o final do ciclo. Em lavouras localizadas ao Norte, Planalto e Nordeste, a produtividade pode até superar as projeções iniciais.

“As chuvas intercaladas com dias ensolarados têm favorecido o desenvolvimento, garantindo a umidade necessária ao solo e promovendo adequado enchimento de grãos, além de maturação uniforme. Os intervalos entre as precipitações têm evitado o molhamento prolongado, o que contribui para a redução do risco de infecções fúngicas. Nas áreas em fase reprodutiva, os grãos estão bem formados, em fase de acúmulo de massa, com bom perfil de plantas e estande adequado”, explica o Informativo Conjuntural.

Apesar do otimismo, as regiões Sul e Campanha enfrentam desafios decorrentes da chuvas recorrentes, que tem dificultado o manejo fitossanitário preventivo. Na Região Noroeste, há registros pontuais de danos causados por granizo e ventos fortes.

Ainda conforme a Emater/RS-Ascar, os produtores planejam fazer uso generalizado de desfolhantes para promover uma maturação mais uniforme e possibilitar o plantio de soja em sequência. E no manejo cultural, os produtores realizam aplicações de fungicidas para controle da giberela e complementam com fertilizantes foliares para a manutenção da capacidade produtiva.

Canola

A colheita da canola está um pouco mais avançada, atingindo aproximadamente 7% da área. Entre as lavouras, 38% estão em maturação, 52% estão na fase de enchimento de grãos e apenas 2% ainda permanecem na fase de floração.

Apesar de resultados iniciais abaixo da média projetada, as lavouras mais tardias apresentam maior potencial produtivo e devem compensar essas produtividades reduzidas, segundo a Emater/RS-Ascar, que projeta a produtividade em 1,6 mil kg/ha.

Cevada

A colheita da cevada deve iniciar nos próximos dias, com a expectativa de que a produção supere os resultados do ano passado, tanto em produtividade quanto em qualidade dos grãos. O desempenho é considerado adequado até o momento em virtude condições climáticas. A produtividade estimada pela Emater/RS-Ascar é de 3,2 mil kg/ha em 34,4 mil hectares.

A maioria das lavouras, cerca de 60%, está em enchimento de grãos, enquanto 29% está em florescimento e 9% em maturação. Apenas 2% das lavouras ainda se encontram em desenvolvimento vegetativo.

Aveia branca

A aveia branca encontra-se em final de ciclo e pouco mais de 5% das lavouras foram colhidas. Aproximadamente 30% das lavouras estão em processo de maturação. “Uma vez atingido esse estádio, parte dos produtores costuma adotar a prática de manejo químico com produtos que aceleram o processo e antecipam a colheita, uniformizando as lavouras e minimizando o risco de perdas na qualidade dos grãos. Essa estratégia visa garantir melhores condições operacionais de colheita e a manutenção da qualidade da produção”, informa o relatório.

Mais de metade das lavouras, 55%, estão em enchimento de grãos e 10% estão em floração. A sanidade dessas áreas é considerada satisfatória e a Emater/RS-Ascar estima uma produtividade de 2,4 mil kg/ha.

Com informações da Emater/RS-Ascar