Temporais

17,1% das lavouras de arroz do RS não foram colhidas e devem registrar perdas

A Região Central do estado está com a colheita mais atrasada e também é a mais afetada pelas chuvas e enchentes

Foto de área alagada.
Muitas áreas estão inacessíveis e a chuva continua | Foto: Divulgação Federarroz

A situação das lavouras de arroz irrigado do Rio Grande do Sul preocupa com as chuvas e enchentes dos últimos dias. O dado mais recente informa que 82,9% das lavouras de arroz do estado foram colhidas, restando em torno de 150 mil hectares, o que corresponde a 17,1% da área cultivada. A região Central é a mais afetada pelas enchentes e também com o menor percentual de área colhida, em 62%, restando cerca de 45 mil ha. Os dados foram atualizados hoje (03) pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga).

A entidade informa que ainda não é possível estimar as perdas, “considerando que a chuva ainda não cessou, o difícil acesso a grande parte das áreas afetadas e a falta de previsão do retorno da normalidade dos níveis de água”.

O levantamento de dados foi suspenso e será retomado juto com a colheita. As equipes mantêm o levantamento de perdas relacionadas às enchentes.

Preocupante

Em entrevista ao portal Destaque Rural na quinta-feira (02), o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, afirmou que a situação das lavouras da região Central do estado é preocupante. “Temos muitas lavouras plantadas na beira dos rios e eles saíram completamente do seu curso, avançando nas lavouras de arroz da região”, destacou.

Apesar do arroz ser mais resistente à umidade, neste momento os grãos já estão formados e em fase final de maturação. Com as chuvas, eles perdem qualidade, apodrecem e caem. Além disso, a correnteza causa o acamamento, quando a planta cai ao chão e impossibilita a colheita.