Após a estiagem ao longo da safra de verão e do excesso de chuvas na colheita, agora o clima está interferindo na implantação das culturas de inverno no Rio Grande do Sul. O problema segue sendo as chuvas em excesso, já que em alguns municípios gaúchos chegou a chover mil milímetros nos últimos três meses, conforme a FecoAgro/RS.
“Isso prejudica enormemente os plantios tanto de canola, que praticamente está sendo finalizada em termos de semeadura no Rio Grande do Sul, quanto do trigo que agora se iniciou. Porém, o plantio de trigo teve início nas regiões mais quentes do Estado e agora temos previsão de uma semana de chuvas, o que pode atrapalhar ainda mais”, destaca o presidente da entidade, Paulo Pires.
A previsão de aumento de área de 16% para o trigo da Rede Técnica Cooperativa (RTC) se confirma, conforme Pires. A avaliação é de que o produtor gaúcho tem a esperança de ter rentabilidade com as culturas de inverno. “Com esses preços praticados para o trigo no mundo todo, o produtor aumentou a área, principalmente em cima do orçamento, com a possibilidade de renda que poderá ter, mesmo com a elevação de custo em 51%”, observa.
A demora do anúncio do Plano Safra 2022/23 é criticada e Pires aponta as culturas de inverno como uma alternativa. “Infelizmente estamos na metade de junho e não temos um Plano Safra andando nos bancos para os produtores. Isto é muito ruim e o produtor está sendo resiliente para procurar soluções. É uma atitude nobre ser resiliente e resistir a esse momento procurando uma alternativa com estas culturas que estão aí na frente”, complementa o presidente da FecoAgro/RS.
Com informações da FecoAgro/RS