A colheita do trigo vai avançando no Rio Grande do Sul e a perspectiva das cooperativas agropecuárias gaúchas é de resultados positivos. Essa expectativa decorre do clima, que ajudou a manter uma boa produtividade nesta safra. A avaliação é do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires.
De acordo com a entidade, a perspectiva de colheita é de 3,3 mil quilos por hectare, mas que ainda pode chegar a 3,6 mil quilos por hectare, o que representa 60 sacos por hectare. “O produtor mais uma vez é salvo pela produtividade, seus custos aumentaram, mas a produtividade e o clima ajudaram muito, e isto é excepcional”, salienta.
Culturas de inverno
Outras culturas importantes, como a canola, também apresentam um excelente desempenho e uma excelente produtividade. “Esses resultados não compensam as perdas da soja e de outras culturas de verão, mas eles trazem uma expectativa e uma recompensa pela resiliência do produtor que, mesmo depois da maior seca da história do Rio Grande do Sul, acreditou e aumentou a área das culturas de inverno, principalmente do trigo”, observa.
Mercado
Em relação ao mercado, o setor espera que os preços do trigo se mantenham no patamar em que se encontram hoje. “Se nós tivermos a manutenção dos preços, inclusive, nós poderemos repetir pelo menos a área e essa produção, se o clima nos ajudar novamente no ano que vem. Das mais de cinco milhões de toneladas que o Rio Grande do Sul pode colher nesta safra, temos a principal via de comercialização a exportação para o mundo, que está sedento por trigo, especialmente por causa desta questão entre Ucrânia e Rússia, além das frustrações de safra na Argentina e no Paraná“, destaca.
Fonte: FecoAgro/RS