Economia

Ministro quer árabes produzindo fertilizantes no Brasil

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, defendeu hoje (4) em São Paulo alianças de empresas árabes e brasileiras para a produção de fertilizantes no país.

Em maio, Montes viajou ao Egito, à Jordânia e ao Marrocos para negociar a ampliação do fornecimento do insumo ao Brasil, cujo abastecimento entrou em risco com a Guerra na Ucrânia. Agora, Montes quer que empresas desses países árabes, que fornecem cerca de 26% dos fertilizantes importados pelo Brasil, tenham fábricas também no território brasileiro. “Por onde passei [nesses países árabes] fui bem recebido. Colhi manifestações de interesse em realizar investimentos e fortalecer laços comerciais com o Brasil”, disse. “Nossa missão, agora, é transformar essas manifestações em oportunidades concretas de benefícios para todos os atores envolvidos”, afirmou o titular da pasta da Agricultura em fala exibida no Fórum Econômico Brasil-Países Árabes, da Câmara Árabe-Brasileira.

Na manifestação, o ministro reforçou o compromisso do Brasil em assegurar o fornecimento de alimentos aos 22 países da Liga Árabe, que adquirem no país metade dos gêneros alimentícios consumidos por suas populações, no total 420 milhões de pessoas.

O ministro reiterou que o Brasil vai continuar a ser um “fornecedor confiável” de alimentos à Liga Árabe. Ano passado, o bloco comprou do Brasil um total de US$ 14,42 bilhões, a maior parte em alimentos e commodities minerais, comércio que, segundo o ministro, tem potencial para crescer, inclusive para além do agronegócio.

“Podemos avançar não apenas no desenvolvimento de parcerias estratégicas voltadas para a produção agropecuária, nas quais já temos alguns exemplos, mas também na formulação de projetos de infraestrutura, logística e de exploração de fertilizantes no Brasil”, disse Montes a uma plateia que incluía empresários dos dois lados da relação bilateral.

Na avaliação do ministro, o potencial de crescimento do comércio Brasil-Liga Árabe é “significativo”. Para ele, no entanto, o desafio é aumentar os volumes embarcados e diversificar a pauta comercial, atualmente concentrada em poucos produtos

Fonte: Divulgação