A colheita da soja no Rio Grande do Sul avançou pouco na última semana, atingindo 19% da área cultivada. Já registrando baixa produtividade pela estiagem, agora os produtores esperam que a ocorrência de chuvas não prejudique o final da safra, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (31).
Além disso, as lavouras apresentam problemas associados à má uniformidade na maturação, com plantas secas e outras verdes, estas contendo legumes secos e também verdes. Desta forma, é frequente a necessidade de dessecação com herbicidas específicos para a realização do corte.” Já as lavouras com perdas extremas sequer foram colhidas e estão sendo destinadas a pastejo ou à produção de feno para alimentação animal.
Apesar dos resultados obtidos até agora, a Emater afirma que há uma tendência da produtividade aumentar com a colheita de cultivares mais tardias ou lavouras estabelecidas a partir de dezembro. “As lavouras em enchimento de grãos totalizam 31% e, em maturação, 45% do cultivo”, informa o documento.
Notícias Relacionadas
Defesa sanitária vegetal
Mapa publica nova Portaria que institui o Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja
O PNCFS visa ao fortalecimento do sistema de produção agrícola da soja, congregando ações estratégicas de defesa sanitária vegetal com suporte da pesquisa agrícola e da assistência técnica na prevenção e controle da doença
Calendário
Vazio sanitário da soja segue até 30 de setembro no Rio Grande do Sul
Durante o vazio sanitário, não se pode manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento
Fitossanitário
As áreas que apresentam potencial produtivo satisfatório e que ainda devem levar 20 dias para iniciar o processo de maturação exigem ainda mais o monitoramento da ocorrência de insetos-praga e doenças. No entanto, o clima dificultou as pulverizações com fungicidas e inseticidas, com ventos fortes constantes na metade Sul e chuvas na Norte. “As infestações de lagartas estão menos expressivas, denotando provável relação com a queda nas temperaturas ou pela eficiência no controle de focos, efetuado com inseticidas específicos. De maneira geral, a sanidade das plantas ainda é satisfatória, com baixa incidência de doenças de final de ciclo e oídio”, resume o documento.
Regionais
Na regional de Erechim, 10% já foi colhido, com rendimento atual de 900kg/ha. Entretanto, estima-se que esse valor se elevará, com projeção de produtividade em 2.320 kg/ha para o final da safra. Atualmente, 30% da área está em formação de vagens e 60% em maturação.
Mais avançada, a regional de Frederico Westphalen já tem 20% da área colhida, sendo que a operação está sendo retardada pelas dificuldades na heterogeneidade da maturação. “A expectativa de produtividade é pouco inferior a 1.400 kg/ha”, afirma o documento. Além disso, 36% dos cultivos estão em maturação.
Já em Soledade, a colheita segue em ritmo lento, chegando a apenas 4% dos cultivos. “A produtividade obtida continua variável, porém em patamar maior em relação às primeiras colhidas”, descreve a Emater. As condições meteorológicas de março, com chuva, radiação solar e temperaturas mais adequadas, indicam melhorias na produtividade.
Programa Monitora Ferrugem RS
Por mais uma semana, ocorrência de esporos da ferrugem asiática da soja continua em elevação. Na semana de monitoramento, entre 14 e 21 de março, foram identificados grande número de esporos em quase todo o território gaúcho. A recomendação segue sendo por cuidados redobrados, principalmente nas áreas com semeadura tardia, estas mais propensas a ocorrência da doença em função da presença de esporos e de condições climáticas favoráveis.
Com informações da Emater/RS-Ascar
