Última década foi a mais quente no Brasil, aponta INMET

As temperaturas no Brasil têm ficado acima da média histórica desde os anos 90. O Instituto Nacional Meteorologia (INMET) destaca a última década, onde os anos de 2015, 2016 e 2019 foram considerados os anos mais quentes desde 1961, com desvios de temperatura acima de 0,7ºC. Esses anos estavam sob influência do fenômeno El Niño, que é o aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, e que potencializa o aumento de temperatura em várias regiões do planeta. A análise foi realizada pela entidade utilizando dados da temperatura média do ar das estações meteorológicas espalhadas por todo território nacional.

Recentemente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que 2021 foi um dos sete anos mais quentes já registrados no planeta. Em 2021, o clima teve influência do fenômeno La Niña, que contribui para o arrefecimento da temperatura média global. Ainda assim, o ano de 2021 ficou entre os mais quentes da era industrial.

“O fato é que para o Brasil, esta última década foi mais quente que a anterior, conforme alertado pela OMM, em que enfatiza o problema do aquecimento global e o aumento da emissão dos gases do efeito estufa na atmosfera. Porém, existem diferenças deste aquecimento entre os continentes”, explica o INMET. Considerando somente o Brasil, o ano de 2021 foi o décimo segundo ano mais quente, durante o período de 1961 a 2021.

A análise ainda compara os desvios de temperaturas no Brasil, durante os meses do ano de 2015, considerado o mais quente do período analisado, com o ano de 2021. “Podemos observar que as temperaturas foram mais amenas, principalmente entre meses de outubro a dezembro. Nesses meses, foram observados episódios de chuvas persistentes e com grandes volumes, o que contribuiu com o arrefecimento da temperatura na parte centro-norte do país, em parte, por consequência do fenômeno La Niña”, afirma o documento.

Fonte: INMET