A previsão de chuvas irregulares no sul do Brasil continua causando grandes prejuízos nas lavouras de soja e milho. “Ainda há previsões de algumas chuvas no Sul, no entanto, a região mais oeste do Paraná tá bem complicado, porque essas áreas de instabilidades não mostram tanta chuva para essa região mais de fronteira”, informa o agrometereologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos.
A partir desta quarta-feira (15), o tempo abre e são previstas chuvas irregulares apenas na próxima semana. “A partir da madrugada de quarta o tempo abre e essa chuvas se dissipam da região Sul para região mais central do Brasil”; isso porque, “o oceano pacífico está extremamente frio e o Atlântico quente apenas nessa região mais sul; entre a Argentina, no Uruguai e extremo sul do Rio Grande do Sul”, explica o especialista.
O fato de as águas da região sudeste estarem mais frias, tira totalmente a pressão de chuvas no Sul. “Ainda tem nebulosidade e pode ter algumas chuvas no norte e leste do Paraná, mas nas outras regiões são pouquíssimas chuvas”; visto que, “a La Niña continua trazendo muita preocupação, deixando o tempo seco, sem chuvas e com temperaturas elevadas”, frisa Santos.
Milho e soja
Santos ressalta que, além da quebra na produção de milho verão no Rio Grande do Sul, essa falta de chuvas no mês de dezembro vai provocar grandes quebras na produção de soja. “Estamos caminhando para quebras significativas na soja, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e em algumas áreas do Mato Grosso do Sul”, alerta.
Os mapas climáticos mostram que as chuvas só começam a melhorar em janeiro. Porém, até lá já ocorreram estragos significativos na produção por conta dos efeitos da La Niña.
Texto: Larissa Schäfer