O uso de tecnologia digital para o controle de milho tiguera encontrado nas lavouras de soja é uma realidade na safra 2022/23. As plantas voluntárias de milho podem ser hospedeiras da cigarrinha, considerada uma das principais pragas do cereal nos últimos anos. Uma das formas de controle deste inseto é o manejo do milho tiguera durante a safra de soja.
Conhecidas como tigueras, guaxas ou voluntárias, as plantas daninhas que persistem para o cultivo seguinte podem diminuir em até 70% a produtividade das lavouras segundo estudos da Embrapa e ainda contribuem para maior incidência de pragas.
A resistência de plantas daninhas a herbicidas, como o glifosato, torna este manejo ainda mais desafiador para o agricultor. Atualmente, para que o controle seja efetivo é indicado o uso de produtos adequados e a rotação de princípios ativos, planejamento e o uso de ferramentas digitais também são importantes.
Uso de dados e controle
Jader Bergamasco, agricultor de Primavera do Leste (MT), já teve problemas com milho tiguera, mas nesta safra as plantas guaxas de milho estão controladas. “Monitoramos a lavoura e tomamos todas as precauções. Com os mapas para o controle de plantas daninhas do xarvio® conseguimos manejar as invasoras e economizar insumos como o herbicida, água, uso de maquinário na área, e tempo. Em tempo de custos de produção altos, utilizamos dados reais da minha área para usar o produto certo somente onde é necessário”, comemora Bergamasco.
As soluções digitais contribuem para a tomada da decisão certa, no momento mais adequado para cada cultivo. “São serviços que vêm para facilitar e otimizar o trabalho do agricultor, podendo aumentar a rentabilidade por talhão e apoiar ainda mais nas práticas sustentáveis”, explica Lucas Marcolin, gerente Comercial do xarvio® Digital Farming Solutions.
Mais de 10 milhões de hectares já foram registrados na plataforma de agricultura digital da BASF no Brasil. O uso do mapa de plantas daninhas do xarvio® FIELD MANAGER tem gerado economia média de 62% do uso de insumos e contribui para um manejo mais sustentável.
“Somente na safra 21/22 foram economizados mais de 28 milhões de litros de água através do uso de dados de imagens coletadas por drones, que trazem apontamentos desde a sanidade do cultivo até a quantidade de uso de insumos como herbicidas, por exemplo”, explica Ricardo Arruda, gerente técnico do xarvio® Digital Farming Solutions, marca de agricultura digital da BASF.
Outro momento importante que pode ser realizado o controle com a ajuda da tecnologia digital é o manejo milho tiguera na pós-emergência da soja, sendo que o ideal é o manejo feito o quanto antes. “A eficiência do controle do milho tiguera está diretamente ligada ao estágio da planta voluntária. Por isso, o monitoramento precisa ser uma atividade constante”, pondera Ricardo.
Regulagem das máquinas
Além do controle químico e do uso de mapas digitais de monitoramento de plantas daninhas, como o oferecido pelo xarvio®, o agricultor precisa estar atento a regulagem das maquinárias colheitadeiras. Já que a operação de forma errada pode deixar o milho cair no momento da colheita, prejudicando a safra seguinte e permitindo o aparecimento das plantas voluntárias.
Fonte: Divulgação