Tecnologia

Governo do RS lança plataforma voltada ao agronegócio

A plataforma SIGa Agro reúne dados públicos, preservando o sigilo individual, e os transforma em serviços de alto valor agregado para o setor

Pessoas sentadas enquanto uma autoridade está falando
Foto: Ascom Sefaz / Divulgação

O Governo do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), lançou na última quarta-feira, 28, a plataforma digital SIGa Agro, que visa oferecer serviços inovadores para o setor agropecuário gaúcho. A iniciativa é fruto da parceria entre a Sefaz, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do RS (Procergs) e a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

A plataforma SIGa Agro reúne dados públicos do Estado, preservando o sigilo individual, e os transforma em serviços de alto valor agregado para o setor. A iniciativa busca atender às demandas do agronegócio por mais informação e gestão inteligente dos dados.

Inpulsionamento do agronegócio

Na oficina de lançamento da plataforma, representantes de diversos ramos do agronegócio, como entidades financeiras, seguradoras, universidades, empresas de máquinas e equipamentos, sindicatos e federações, puderam conhecer o potencial da plataforma e contribuir com sugestões.

O subsecretário do Tesouro do Estado, Eduardo Lacher, explicou que o SIGa Agro é um dos resultados pioneiros do Programa de Inovação do Tesouro (PIT), que congrega esforços cooperativos do Estado, do setor privado e de universidades do RS em prol da modernização. Integram o PIT aproximadamente 20 projetos, estando o SIGa vinculado ao projeto Design de Novos Negócios com Dados Governamentais. “Nosso objetivo com o SIGa e com a parceria é transformar dados públicos em serviços inovadores de alto valor agregado para a sociedade”, resumiu o gestor.

A equipe do SIGa no Tesouro do Estado apresentou um compilado de informações debatidas durante o workshop de cocriação realizado em julho de 2023 com a Seapi, destacando dados com potencial de uso no projeto. Em seguida, os participantes puderam discutir a utilidade dos dados propostos e compartilhar outras necessidades de informação do setor.

Para o auditor-fiscal, Júlio Augusto da Cruz Neves, gerente do projeto, aproximar o governo do ecossistema do agronegócio é fundamental para que os serviços do SIGa Agro sejam efetivos. “Já fizemos uma identificação prévia de dados públicos que podem gerar soluções, mas agora precisamos nos abrir para a escuta de mercado. Só assim é possível alinhar as oportunidades que temos às demandas desse público”, explicou.

Benefícios para o setor

A plataforma SIGa Agro oferece benefícios para o setor agropecuário gaúcho que vão de melhoria da gestão de produção, onde será possível observar os dados precisos e atualizados sobre diversos aspectos do agronegócio, como clima, solo, mercado e logística. Isso faz com que os produtores consigam tomar decisões mais assertivas e otimizem sua produção. Também, a ferramenta incentiva os produtores a serem mais competitivos no mercado global, pois oferece acesso a informações e ferramentas que podem aumentar a eficiência e a produtividade. Por fim, apresenta novas oportunidades para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores para o agronegócio.

Os próximos passos do projeto são a consolidação dos perfis de clientes, a definição da proposta de valor para cada perfil e a realização de entrevistas individuais com potenciais clientes. A ideia é que ao longo deste primeiro semestre de 2024 os primeiros produtos já possam ser modelados e disponibilizados à sociedade.

Parcerias estratégicas

A plataforma SIGa Agro representa um marco importante para o desenvolvimento do agronegócio no Rio Grande do Sul, contribuindo para a competitividade do setor no mercado global e apresentando novas oportunidades para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. O projeto SIGa Agro conta com a parceria da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado. Além disso, diversas entidades também estão colaborando com o projeto, como a Aon Corporativo, a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do RS (SIPS), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a WayCarbon.