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Fundação MT anuncia expansão e lança nova marca

A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) nasceu há quase 30 anos, a partir da união de produtores rurais com o objetivo de encontrar soluções para o desenvolvimento da agricultura em uma região com muitos desafios no cultivo de soja, milho e algodão. A instituição anuncia agora uma nova fase, com expansão e mudanças nas suas áreas de conhecimento, novos pesquisadores, pesquisas a campo em mais regiões do Estado e ainda o lançamento de sua nova marca.

“No início, foram desenvolvidas as áreas que tínhamos necessidade e, acompanhando as mudanças da agricultura, outras áreas de conhecimento passaram a fazer parte, sempre com o intuito de colocar luz às necessidades do Centro-Oeste e para levar ao agricultor soluções aplicáveis”, declara Odílio Balbinotti Filho, presidente do Conselho Curador da instituição. Hoje, nove áreas estão no escopo de pesquisa aplicada, geridas por 16 pesquisadores, que juntos com suas equipes realizam trabalhos no campo e em laboratório.

Sobre os profissionais que fizeram e fazem parte dessa história, o presidente pontua que este é também um processo educacional. “Os técnicos que vieram trabalhar, estiveram conosco algum período e depois de adquirirem o conhecimento e a experiência gerados pela instituição, foram para o campo e hoje são consultores, dão assistência aos agricultores e com isso possibilitam a ampliação desse conhecimento para toda a agricultura”.

Ele completa que essa contribuição na formação de mão-de-obra super especializada, permite que o conhecimento científico esteja hoje ainda mais próximo da classe agrícola não só de Mato Grosso, como de outros estados do Brasil e de países vizinhos.

Novas áreas

A reestruturação da Fundação MT para chegar a esta fase atual teve início em 2021, com a criação das novas áreas de Data Science, Matologia e Pecuária de Corte. Junto às já existentes Entomologia, Fitopatologia e Biológicos, Fitotecnia, Nematologia, ‘Solos, Nutrição e Sistemas de Produção’, Mecanização Agrícola, ‘Tecnologia de Aplicação e Variabilidade Espacial’, formam nove áreas dedicadas à pesquisa.

O trabalho da Pecuária de Corte desenvolve projetos em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat e com o Instituto Mato-grossense da Carne – Imac, com foco na sustentabilidade econômica e ambiental da pecuária de corte. Já Data Science, é uma área bastante promissora aos olhos da instituição e da classe agrícola. Isso porque foi criada para agregar valor à pesquisa gerada pela organização, contribuindo em novas abordagens estatísticas, inteligência artificial, automação de avaliações e na organização do banco de dados da Fundação MT, permitindo a criação de um Big Data próprio.

Também como parte da nova fase, o serviço de consultoria da Fundação MT é oferecido à classe agrícola. Realiza etapas de amostragem de solos, planejamento das culturas, recomendação de fertilizantes e corretivos, manejo fitossanitário, posicionamento de variedades, acompanhamento dos campos, entre outros. Todos os dados são inseridos na plataforma FMT ID, com acesso via aplicativo e web para o produtor e suas equipes tomarem decisões baseadas na gestão de dados de suas propriedades. Junto a esse trabalho, a área de Nematologia em breve vai oferecer consultoria e testes de raças de nematoides de cisto.

Já a Matologia desenvolve pesquisas para o posicionamento das principais tecnologias e biotecnologias disponíveis atualmente e no futuro para o manejo de plantas daninhas. Essa área trouxe como inovação a Escola de Herbicidas – um novo modelo de treinamentos da Fundação MT que já formou mais de 200 pessoas, e tem o objetivo de oferecer reciclagem de conhecimento. A ideia é resgatar a informação da eficácia e seletividade dos herbicidas, especialmente aqueles que foram muito utilizados no passado e que estão voltando para o mercado. Assim como, são abordadas as misturas e doses dos produtos em diferentes cenários de controle. A capacitação acontece na prática, nas culturas de soja, milho e algodão, com testes de tecnologias de aplicação na pré e pós-emergência.

Outra mudança está relacionada à expansão das pesquisas a campo, hoje regionalizadas em seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CADs), localizados em Nova Mutum, Itiquira, ambos mais antigos, além de Sorriso, Sapezal, Serra da Petrovina (em Pedra Preta) e Primavera do Leste (com um ponto de apoio em Campo Verde), dessa forma abrangendo grande parte do Estado. “Antigamente, nós buscávamos produtores parceiros que nos ajudavam, que continuam nos ajudando hoje, mas com menos intensidade, então as pesquisas estão sendo feitas em nossos CADs e assim otimizamos as operações, temos mais controle sobre o ambiente, mais informações e pesquisas com mais qualidade”, destaca Francisco Soares, presidente da instituição.

Laboratórios

Nesta nova trajetória, a Fundação MT também oferece aos produtores trabalhos desenvolvidos em seus laboratórios de pesquisa aplicada em Entomologia, Fitopatologia e Nematologia. Hoje, a classe agrícola já pode contar, por exemplo, com a possibilidade da compra de insetos vivos em todas as fases de desenvolvimento, kits de identificação de pragas, bio ensaios de produtos químicos e biológicos, além da contratação de testes de qualificação de plantas Bt (Laboratório de Entomologia). Também a venda de inóculos, consultoria e coleta de amostras de nematoides, análises laboratoriais, orientações de manejo e acompanhamento durante toda a safra (Laboratório de Nematologia). E ainda blotter test para sanidade de sementes e testes in vitro (Laboratório de Fitopatologia).

Nova marca

Lançada no dia 1º de julho, a nova marca da Fundação MT utiliza o mesmo conceito da anterior, mas com o símbolo redesenhado, que agora ganhou mais corpo, movimento e vida. Usando formas de folhas, remetendo ao desenho de uma pessoa, razão pela qual a pesquisa da instituição busca os melhores resultados há quase 30 anos. A inclinação para a direita traduz dinamismo e o sentido de futuro.

“Eu vejo a Fundação MT em evolução e modernização, acompanhando a juventude, pois o perfil do agricultor está mais jovem, mais digital. Os pais vieram aqui na década de 80 e 90, criaram um patrimônio e o Estado pujante que vivemos hoje. Tudo está sendo passado para uma segunda ou terceira geração, são comportamentos e laços diferentes, então nós temos que nos adaptar aos novos desafios, a evolução é dinâmica na agricultura”, destaca.

Fonte: Divulgação