ESG

Arla dobra meta de redução de emissão de CO2

Um plano claro e definido para tornar a empresa zero em emissões de carbono deu à Arla a confiança para aumentar ainda mais as suas metas.

Com planos de mudança para utilização de caminhões livres de combustíveis fósseis, eletricidade verde e soluções de baixo consumo de energia, o grupo de laticínios Arla Foods está ampliando sua meta climática de redução de emissões nas operações de 30% para 63% até 2030. A nova meta foi aprovada pela iniciativa Science Based Targets (SBTi), sendo consistente com as reduções necessárias para manter o aquecimento global em no máximo 1,5°C.

Um plano claro e definido para tornar a empresa zero em emissões de carbono deu à empresa a confiança para aumentar ainda mais as suas metas científicas, a fim de manter o aquecimento em 1,5°C, em linha com a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris.

As novas metas significam que a cooperativa de agricultores está mais do que dobrando seu escopo de redução de emissões, já tendo alcançado uma redução de 24% desde 2015. Para ajudar a atingir a meta de 63%, a organização continuará investindo fortemente em ações de sustentabilidade e planos para aumentar o total investimentos em 40%, atingindo mais de 4 bilhões de euros (cerca de US$ 4,53 bilhões) nos próximos cinco anos. Este investimento ajudará a financiar as atividades necessárias para atingir a redução de 63% de CO2 e atender ao novo “caminho 1.5” da empresa.

Principais ações do “caminho 1.5”

  • Logística:
  1. Conversão do abastecimento da frota de caminhões-tanque e caminhões de distribuição da Arla para soluções livres de combustíveis fósseis por meio de biodiesel, biogás e veículos elétricos.
  2. Trabalho com clientes e produtores, com o objetivo de reduzir a quilometragem total em toda a empresa por meio do planejamento de rotas otimizado para os caminhões-tanque de leite;
  3. Maior envolvimento com os fornecedores de logística para ajudar também na redução de suas emissões de CO2.
  • Produção:
  1. Conversão para eletricidade 100% verde na Europa, por meio de contratos de compra de energia verde e investimento em projetos eólicos e solares com garantias de origem produzida nas fazendas;
  2. Redução do consumo de energia, por meio de investimentos em soluções de baixo consumo nas unidades de industriaia como, por exemplo, soluções de recuperação de calor, incluindo bombas de calor, eletrificação de caldeiras e otimização geral dos equipamentos elétricos.

Ash Amirahmadi, diretor da Arla Foods UK comentou: “A Arla é uma das 59 maiores processadoras de alimentos e bebidas do mundo e uma das primeiras cooperativas de laticínios de propriedade de produtores a ter uma meta de 1,5°C aprovada pela iniciativa Science Based Targets. A demanda mundial por laticínios continua aumentando, à medida que abordamos questões de pobreza alimentar e desnutrição. Com os proprietários já entre os produtores mais eficientes em carbono do mundo, é certo que também mostremos liderança na redução das emissões de carbono em toda a produção e no lado operacional da cooperativa.”

Metas do escopo 3 nas fazendas serão revisadas em 2022

Embora o SBTi tenha classificado como consistente a nova meta de 63% de redução para os escopos 1 e 2 , a meta existente de 30% para o escopo 3, abrangendo, entre outras coisas, as fazendas continuam atendendo aos critérios da SBTi.

Espera-se que a SBTi lance uma nova orientação setorial em 2022 para Florestas, Terras e Agricultura contendo requisitos mais detalhados para se estabelecer as metas para empresas em setores intensivos em terra.

Hanne Søndergaard, vice-presidente executiva responsável por Agricultura e Sustentabilidade na Arla Foods, comenta: “Nossa ambição é estar alinhada com uma trajetória de 1,5°C em todos os três escopos de nossa cadeia de valor, quando for possível. Portanto, revisaremos a nova orientação setorial da SBTi quando for divulgada para ver se será necessária alguma alteração em nossos planos atuais”, disse.

Ao trabalhar para uma redução de 30% de CO2 por tonelada de leite cru padronizado e ingestão de soro de leite, os produtores reduziram as emissões em 7% desde 2015 e, com mais de 90% dos agricultores participando do relatório da pegada de carbono, os dados mostram que já produzem leite com cerca de metade das emissões de leite produzido globalmente. No Reino Unido, os proprietários da empresa têm planos claros para continuar reduzindo ainda mais, conforme estabelecido no relatório de pegada de carbono agrícola:, “A Sustainable Future for British Dairy”.

As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint.