O mercado de sêmen bovino no Brasil está crescendo. De acordo com relatório divulgado pela Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), em 2023, as vendas de sêmen com aptidão para leite foram de 5,4 milhões de doses, crescimento de 6,4% em relação a 2022. Essa expansão é importante para a melhora no desempenho que a genética bovina desempenha na eficiência e na rentabilidade das propriedades rurais.
Na cadeia leiteira, um dos vetores desse crescimento ao longo dos anos foi o aumento da demanda por produtos lácteos, impulsionado pelo crescimento populacional e pela expansão da renda da população. Essa demanda crescente leva os produtores a buscarem genética superior para maximizar a produção de leite por vaca, resultando em uma intensificação do uso de sêmen de alta qualidade.
Nesse contexto, a inseminação artificial, em conjunto com inovações como a sexagem de sêmen, permite que os produtores selecionem touros com características genéticas desejáveis, resultando em rebanhos mais produtivos e saudáveis.
Em 2024
No primeiro semestre de 2024, foram comercializadas 2,9 milhões de doses com aptidão para leite, crescimento de 5,3% em relação a igual período de 2023..
Isso se deve à potencial recomposição do plantel de vacas leiteiras, após o descarte, em resposta aos consecutivos períodos de retração nos preços do leite e à alta nos custos, registrada nos anos anteriores – em 2023, o número de vacas ordenhadas foi de 15,6 milhões de cabeças, queda de 0,1% em relação a 2022. Essa foi a nona queda consecutiva deste indicador.
Além disso, no primeiro semestre deste ano tivemos seguidas valorizações no preço do leite pago ao produtor com um custo de produção menor, o que melhorou as margens da atividade e pode ter colaborado para o movimento.
Considerações finais
O uso de tecnologias para o melhoramento genético do rebanho leiteiro nacional é crescente, apesar da influência das oscilações de preços de mercado.
Fonte: Scot Consultoria