Mesmo com a valorização do milho em agosto, o poder de compra dos suinocultores paulistas registrou sua sexta alta mensal consecutiva, favorecido pelos aumentos do preço do vivo comercializado no mercado spot. Frente ao farelo de soja, o poder de compra do produtor também cresceu, visto que o insumo se desvalorizou no último mês.
Levando-se em consideração os animais comercializados na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor conseguiu comprar 5,32 quilos de milho com a venda de um quilo de suíno em agosto, incremento de 0,7% frente a julho. De farelo de soja, foi possível ao produtor a compra de 2,81 quilos, elevação de 2,5% frente ao volume adquirido no mês anterior.
Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o quilo do suíno vivo passou de R$ 7,21 em julho para R$ 7,31 em agosto, valorização de 1,4%. Esse movimento refletiu o aumento das vendas da carne, verificado principalmente no início do mês, o que resultou na maior procura por animais para abate.
No mercado de milho os preços subiram em boa parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, sustentados pela valorização do cereal nos portos e pelo intenso ritmo das exportações em agosto. Com a diminuição da oferta do cereal no mercado interno, a saca de 60 kg foi negociada à média de R$ 82,52 em agosto, aumento de 0,7% em relação a julho, mas queda de expressivos 16,3% na comparação com o agosto/21.
Em relação ao farelo de soja os preços recuaram no mercado doméstico em agosto. A queda esteve atrelada à diminuição das transações internacionais de soja – que resultou em maior volume de estoque – e às recentes chuvas no Hemisfério Norte, que beneficiaram as lavouras em desenvolvimento. Assim, na média de agosto, a tonelada do insumo foi negociada a R$ 2.603,18 na região de Campinas (SP), queda de 1% frente a julho. Porém, no comparativo anual, o valor médio do farelo de soja registrou avanço de 11,5%.