As exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) no primeiro mês deste ano alcançaram 20,51 mil toneladas, volume 30,72% maior em relação aos embarques registrados no mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2021, o Rio Grande do Sul embarcou 15,69 mil toneladas, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O saldo em dólares em janeiro de 2023 chegou a US$ 49,06 milhões, valor 44,90% superior ao obtido no primeiro mês de 2022, quando alcançou US$ 33,86 milhões. “As vendas para o Chile, que já estão em alta, devem ganhar ainda mais força ao longo do ano, com o recente reconhecimento, pelas autoridades chilenas do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação”, explica o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.
Brasil
A nível nacional os embarques totalizaram 89,2 mil toneladas em janeiro deste ano. O volume supera em 19,6% o total embarcado no mesmo período de 2022, com 74,6 mil toneladas. Em receita, as vendas do setor alcançaram US$ 212,4 milhões neste ano, desempenho 32,1% superior ao registrado em janeiro do ano passado, com US$ 160,7 milhões.
Entre os principais destinos das exportações de carne suína, a China segue na liderança, com 41,6 mil toneladas, volume 32,5% superior ao registrado no mesmo período de 2022, com 31,4 mil toneladas. Outros destaques foram Hong Kong, com 7,1 mil toneladas (+5,5%), Chile, com 6,5 mil toneladas (+53%), e Singapura, com 4,7 mil toneladas (+37,7%).
“As elevações dos embarques para a China e Hong Kong atestam a permanência da demanda por produtos brasileiros no maior mercado consumidor de carne suína do planeta, mantendo o comportamento verificado no segundo semestre de 2022 e que deve se manter em 2023,” avalia Rua.
Novos mercados
“Ao mesmo tempo, as vendas para o Chile, que já estão em alta, devem ganhar ainda mais força ao longo do ano, com o recente reconhecimento, pelas autoridades chilenas do Rio Grande do Sul como área livre de aftosa sem vacinação. Há, também, expectativa sobre o efeito das vendas brasileiras de carne suína para o México e a consolidação do mercado canadense, dois dos mais importantes mercados importadores da proteína animal no mundo, que foram abertos recentemente”, completa Rua.