Enquanto os preços da carne de frango avançaram de maneira intensa de fevereiro para março, os valores da proteína suína subiram de forma mais modesta. Diante disso, a competitividade da carne suína cresceu frente à concorrente, atingindo, inclusive, o melhor patamar desde fevereiro de 2019. O aumento nos preços da carne suína está atrelado ao maior ritmo de negócios observado entre o encerramento de fevereiro e o início de março; entretanto na segunda quinzena deste mês, ressalta-se, a demanda se enfraqueceu, e os valores passaram a cair, o que limitou a elevação no preço médio mensal.
No mercado da carne de frango, a demanda externa crescente e a baixa disponibilidade de muitos produtos no mercado interno têm impulsionado as cotações. Assim, na média parcial de março (até o dia 29), o preço da carcaça especial suína está apenas 1,65 Real/kg acima do valor do frango; recuo de 24,1% em relação à diferença observada em fevereiro, evidenciando crescimento na competitividade da carne suína.
Bovinos
As valorizações da arroba do boi gordo neste ano e as quedas nas cotações dos animais para reposição (bezerro de 8 a 12) vêm resultando em melhora na relação de troca ao pecuarista que faz recria-engorda. Contudo, em março, o pecuarista paulista precisa de 8,09 arrobas para a compra de um bezerro em Mato Grosso do Sul.
Trata-se do momento mais favorável desde março de 2020, quando a relação de troca esteve em 8,9 arrobas. A média histórica do Cepea da relação de troca de arrobas do boi gordo paulista por um bezerro sul-mato-grossense (que se iniciou em fevereiro de 2000) é de 7,71 arrobas. Ou seja, a relação de troca atual está apenas 4,85% abaixo da média histórica.
Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)