Pecuária

Plantio da soja alcança 68% da área estimada no RS

O plantio da soja já atinge 68% no Estado, estando toda essa área em germinação e desenvolvimento vegetativo. A situação é resultado de precipitações em algumas localidades, já que a umidade do solo possibilitou a retomada do plantio da soja e do preparo de áreas que haviam sido interrompidas. Além disso, a colheita do trigo se aproxima do fim e o plantio do milho alcança 86% da área estimada.

O cenário foi descrito pelo Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (25) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).

A semeadura da soja foi retomada parcialmente em localidades das regiões de Passo Fundo, Erechim e Soledade, entre outras, onde ocorreram precipitações com volumes acumulados superiores a 20 milímetros. No entanto, alguns produtores semearam com solo seco, seguindo as previsões de chuvas, que não se confirmaram. “Em geral, as plantas emergidas têm desenvolvimento lento, número reduzido de folhas, caules estiolados e folhas pequenas. Nas semeadas, a partir da segunda quinzena de novembro, quando o teor de umidade do solo era baixo, há falhas na germinação, e em alguns casos, necessita de replantio”, afirma o relatório. A presença de plantas resistentes, como a buva, poaia, leiteiro e corda de viola preocupa e produtores se preparam para iniciar o manejo fitossanitário.

Milho

Entre os dias 16 e 21 de novembro o tempo foi seco, com baixa umidade relativa do ar e do solo e presença de vento constante. Esses fatores dificultaram o desenvolvimento do milho. Em algumas localidades, o retorno das precipitações amenizou a situação, principalmente naquelas em que os cultivos estão florescendo, formando a espiga e enchendo os grãos. O plantio chega a 86% da área total estimada no estado, sendo que 55% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 27% em floração e 18% em enchimento de grãos.

O déficit hídrico já traz o alerta para perdas irreverssíveis nas lavouras de milho de diversas regiões, inclusive de Erechim, Passo Fundo e Soledade. Já há sinais de redução do potencial produtivo e perdas de produtividade. “Em algumas localidades, nas áreas em floração e formação de grãos já é possível verificar espigas pequenas, baixo número de óvulos fecundados e desidratação do estigma, reduzindo a capacidade de fecundação e produção de grãos”, relata o Informativo.

Trigo

O tempo seco na maior parte do território do RS também favoreceu a colheita do trigo, que atinge os 97%. O restante das lavouras está maduro. Na região de Passo Fundo e de Erechim a colheita avança de forma acelerada. “A baixa umidade dos grãos tem favorecido o padrão de qualidade”, conforme o documento. Além disso, o rendimento oscila entre 2.400 e 4.320 quilos por hectare.

Arroz

O plantio no estado avançou e chegou a 92% da área prevista na intenção de plantio, com o tempo favorecendo a operação. A cultura é considerada com bom desenvolvimento.

Pastagens

O início desta semana foi marcado pela falta de chuvas, o que provocou a queda da qualidade das espécies forrageiras, tanto nativas quanto cultivadas. Essa situação mudou após a ocorrência de chuvas, que devolveram a umidade necessária ao solo, possibilitando a retomada do crescimento das plantas.

Bovinocultura de corte

Mesmo com a diminuição da oferta de forragens a campo, o estado corporal do rebanho bovino ainda é considerado satisfatório. Os animais mantidos nas áreas de campo nativo estão com menor ganho de peso, regulado pelo rebrote das forrageiras nativas.

No aspecto reprodutivo, segue a fase de parição. Os produtores que fazem estação de monta ou inseminação artificial estão avaliando as atividades reprodutivas dos rebanhos e planejando repasse em vacas vazias, a fim de garantir melhores índices de prenhes das matrizes.

Bovinocultura de leite

A ocorrência de temperaturas muito elevadas, já partir das primeiras horas da manhã, tem afetado o consumo de forragem pelas matrizes. “A oferta de pasto verde teve redução, o que preocupa os produtores que não tem condições de optar pelo uso de ração, devido aos preços elevados”, afirma o documento. Desta forma, a A suplementação com silagem e feno voltou a ter importância estratégica. Por fim, a diminuição na qualidade da dieta a campo, devido ao excesso de fibras das pastagens, tem aumentada a ocorrência de casos de leite instável não ácido (LINA).

Com informações do Informativo Conjuntural e SEAPDR