Pecuária

MPRS investiga organização que abatia e comercializava carne de cavalo clandestinamente

Seis mandados de prisão preventiva foram cumpridos hoje (18) em Caxias do Sul

O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou hoje (18) a operação Hipo, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa e apurar crimes contra as relações de consumo e a saúde pública. O órgão apurou que o grupo abatia equinos clandestinamente e vendia a carne em hambúrgueres e bifes. Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão referentes a oito alvos. A operação ocorre em Caxias do Sul por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar.

A apuração ocorreu a partir de conversas interceptadas pelo MPRS com autorização da Justiça. O Gaeco constatou que o grupo investigado abastecia estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne (em forma de hambúrgueres e bifes) provenientes do abate clandestino de equinos. A suspeita foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias de Caxias do Sul, em cujos lanches foi encontrada presença de DNA de cavalo. Também eram misturadas carnes de peru e suíno. “Eram distribuídos em torno de 800kg semanais”, conta o coordenador do Gaeco – Seguranca Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, que está à frente da operação e cumpre os mandados juntamente com o promotor da Especializada Criminal de Porto Alegre, Mauro Rockenbach.

O Ministério Público afirma que o grupo não possui autorização para o abate e comercialização de nenhum tipo de carne. Desta forma, as atividades de abate, beneficiamento, armazenamento e comercialização vinham ocorrendo sem qualquer fiscalização. A regulação é considerada essencial para prevenir que carnes sem inspeção de fiscais médicos veterinários sejam consumidas pelas pessoas.

Fotos: Tiago Novo Coutinho | Divulgação MPRS