A primeira estimativa da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2022 é de uma safra recorde de 270,7 milhões de toneladas, com alta de 7,8% (ou mais 19,5 milhões de toneladas) frente a 2021. As informações foram divulgadas hoje no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
Já a estimativa de outubro para a safra de 2021 caiu 1,2% em comparação com a de 2020, alcançando 251,2 milhões de toneladas, 3,0 milhões de toneladas menor que a de 2020. A área a ser colhida foi de 68,5 milhões de hectares, com alta de 4,6% frente a 2020. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que representam 92,5% da estimativa da produção e 87,6% da área a ser colhida. Em relação 2020, houve acréscimos de 6,4% na área do milho (aumentos de 1,6% no milho 1ª safra e de 8,1% no milho 2ª safra), de 0,3% na área do arroz e de 4,8% na área da soja, ocorrendo declínios de 15,9% na área do algodão herbáceo (em caroço).
Quanto à produção, houve altas de 10,3% para a soja e de 4,5% para o arroz em casca, ocorrendo declínios para o algodão herbáceo (-17,5%) e para o milho (-16,0%), com reduções de 2,8% no milho na 1ª safra e de 20,6% no milho na 2ª safra.
2022
O aumento da produção deve-se, principalmente, à maior produção prevista para a soja (0,8% ou 1.1 milhão de toneladas), para o milho 1ª safra (11,1% ou 2,8 milhões), para o milho 2ª safra (26,8% ou 16,3 milhões), para o algodão herbáceo em caroço (2,4% ou 84,9 mil), para o sorgo (12,8% ou 302,4 mil), para o feijão 1ª safra (6,9% ou 80,9 mil) e para o feijão 2ª safra (9,8% ou 101 mil). Foram estimados declínios na produção do arroz (-3,9% ou 451,7 mil toneladas), do feijão 3ª safra (-0,9% ou 5,1 mil) e do trigo (-10,0% ou 785,8 mil).
Essa 1ª estimativa para a safra a ser colhida em 2022 é passível de retificações nos dois próximos levantamentos, em novembro e em dezembro, assim como durante o acompanhamento das safras que será feito durante todo o ano de 2022.
Safra 2021
Para a soja, a estimativa de produção foi de 134,1 milhões de toneladas. Para o milho, a estimativa foi de 86,7 milhões de toneladas (25,9 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 60,9 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 11,5 milhões de toneladas e, o algodão em caroço, em 5,8 milhões de toneladas.
A previsão da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para três Regiões: Sul (5,3%), Norte (4,5%) e Nordeste (1,5%). Em duas, a variação anual foi negativa: Centro-Oeste (-5,7%) e Sudeste (-2,7%).
Em relação à setembro, houve aumentos nas estimativas da produção do feijão 2ª safra (6,8% ou 65 mil toneladas), do tomate (1,3% ou 50,4 mil), do café canéfora (1,0% ou 9,3 mil), do milho 2ª safra (0,6% ou 364,7 mil), do milho 1ª safra (0,4% ou 110,6 mil), do feijão 3ª safra (0,1% ou 763 toneladas) e da soja (0,0% ou 50 mil), e declínios nas estimativas de produção da cevada (-7,1% ou 34,2 mi), do trigo (-3,8% ou 312,3 mil), da aveia (-1,5% ou 15,6 mil), do feijão 1ª safra (-0,2% ou 2,6 mil) do café arábica (-0,2% ou 3,5 mil).
Na distribuição da produção pelas Unidades da Federação, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,5%, seguido pelo Rio Grande do Sul (15,0%), Paraná (13,2%), Goiás (9,2%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Minas Gerais (6,1%), que, somados, representaram 79,7% do total nacional.
Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (45,7%), Sul (30,6%), Sudeste (10,0%), Nordeste (9,1%) e Norte (4,6%).
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)