Nesta semana, o gado gordo apresentou aumento novamente na modalidade da vaca a rendimento de carcaça, conforme levantamento do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro). Apesar da demanda interna por carne seguir fraca, essa valorização pode estar associada a uma oferta mais restrita de vacas para abate, de acordo com avaliação do grupo de pesquisa filiado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
No mercado de reposição, foi observada alta nos preços de diversas categorias, sugerindo um ajuste após um período de menor incentivo aos produtores. O destaque da semana foi o preço da vaca com cria. Esse movimento pode indicar maior interesse dos pecuaristas na reposição, antecipando a demanda futura por terneiros.
A vaca Gorda a rendimento de carcaça aumentou 1,2%. A terneira aumentou 10%, enquanto o terneiro registrou alta de 4,1%. A novilha aumentou 10,6%. Já o novilho diminuiu 1,7% segundo o levantamento semanal do Nespro.
A situação em São Paulo
A semana vai chegando ao fim em tom de estabilidade na cotação do boi gordo. Os pecuaristas não têm cedido e frigoríficos insistem em tentar preços menores. Os negócios saem ora para cima ora para baixo, mas sem mudança do patamar. Os produtores especulam se a guerra comercial entre China e Estados Unidos pode elevar preço da arroba.
A volatilidade do mercado futuro também sinaliza a indefinição das expectativas desses operadores. Vendas de carne se mantiveram “estáveis” na quarta-feira (12) e na quinta-feira (13), praticamente sem variação de preços. Ontem, alguns compradores e também vendedores estiveram empurrando negócios maiores para a próxima semana.
Os preços do boi gordo e da carne têm variado pouco nesta parcial de março, conforme apontam levantamentos do Cepea. Até o dia 11, a carcaça casada no atacado da Grande SP acumulava pequena valorização de 0,46%, fechando a R$ 21,93 nessa terça-feira (11).
O Indicador do Boi Cepea/Esalq registra leve alta de 0,32% na parcial do mês, a R$ 311,95 na terça-feira (11). Na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea, também prevalece a estabilidade. Segundo o Centro de Pesquisas, frigoríficos tentam negociar nos valores mínimos dos intervalos ou mesmo baixar as cotações, mas pecuaristas se mostram resistentes. O resultado tem sido baixa liquidez, inclusive no segmento de reposição.